O acesso do Sampaio Corrêa à série B é uma vitória do futebol maranhense não importa para que time você torça.

Foi o resultado do competente trabalho do presidente Sérgio Frota e do apoio da imensa torcida boliviana.

Há também o apoio da prefeitura de São Luís, que tem a marca estampada na camisa do tricolor da São Pantaleão, e foi um dos patrocinadores das transmissões dos jogos da série C pela TV Brasil, que neste sábado bateu récordes de audiência em São Luís.

A iniciativa do prefeito Edivaldo Holanda Júnior merece ser destacada diante do oportunismo com que o governo do Estado aproveita para lançar nota oficial dizendo da alegria da governadora Roseana Sarney, que nunca apareceu ao Castelão e só apoiou o Sampaio na última partida contra o Macaé, diante da grande possibilidade do time se classificar para série B do Campeonato Brasileiro.

Aliás, a governadora avisou que, aliado a ações como o Programa Viva Nota, o governo já estuda reforçar – mais uma promessa, como sempre – o apoio ao futebol maranhense para que os times do estado voltem a figurar na elite do futebol brasileiro.

O que a rainha dos Leões esquece é que o Viva Nota não teve nenhuma importância na temporada vitoriosa do Sampaio, ao ponto que o próprio presidente do time recusou o programa do governo por considerá-lo prejudicial ao clube.

Frota argumentou que além de pagar somente R$ 3 por ingresso, o Viva Nota ainda leva no mínimo três meses para pagar.

Nos jogos do Sampaio na Série C, o Viva Nota foi aceito apenas no jogo contra o CRB, quando apenas 10 mil ingressos foram disponibilizados.

Se o pai Sarney é “pé polar “, o programa da filha Roseana é bola mucha…

Resposta do Sampaio Corrêa 

Sampaio (2)Não repercutiu nada bem nas redes sociais a foto da governadora Roseana Sarney, reverberada logo depois de publicações em vários blogs, vestida com a camisa do time do Sampaio Corrêa, somente após o time maranhense ter se classificado para série B do Campeonato Brasileiro.

A imagem foi publicada oficialmente na coluna do P.H, na edição de ontem segunda-feira 28/10, do jornal O Estado do Maranhão, de propriedade da família Sarney. Mais cedo dissemos que não se tem notícia da governadora Roseana Sarney ter ido a um jogo sequer do Sampaio prestigiar o time. Muito menos uma declaração ou um apoio mais forte do governo o qual ela comanda a favor da “Bolívia” querida. Porém, bastou o time conquistar o acesso a série B do Campeonato Brasileiro e a boa repercussão disso na sociedade maranhense para que ela soltasse uma nota congratulando-se com a equipe afirmando, que daqui por diante, patrocinará o time. Logo em seguida, ela apareceu com uma camisa do Sampaio nas colunas do jornal de sua propriedade.

Um perfil do time do Sampaio Corrêa no twitter (ou de um fã dedicado ao clube) corroborou, agora à noite, com o que foi dito pelo blog. Também classificou de oportunismo as atitudes da governadora. “Não podíamos deixar essa passar, a governadora do estado, Roseana Sarney, aproveitou o momento do Sampaio e apareceu com camisa do clube… Tome vergonha governadora, deixe de aparecer somente em momentos oportunos para se auto-promover, olhe para as mazelas do Estado.”

Pelo visto, o que era para ser um marketing positivo em prol do governo, acabou por desgastar mais ainda a imagem de Roseana.(Blogs do Raimundo Garrone e Jhon Cutrim)

O corpo do radialista Gilvan Pires foi encontrado na manhã desta terça-feira (29), nas proximidades de na praia de Itapéua, no município de Cajapió. A polícia trabalha com a hipótese de latrocínio [roubo seguido de morte], tendo em vista a moto da vítima ter sido roubada. Há indícios que o crime tenha sido cometido por um adolescente, que até o momento, não foi localizado. Testemunhas disseram ter visto Gilvan em companhia do jovem. O radialista foi espancado na cabeça, furado com um punhal na altura do peito e alvejado a tiros.

Gilva Pires apresentava, aos sábados, o programa “Quem Sabe Sábado”, na Rádio Planície FM, no município de São Vicente de Férrer, onde será enterrado. Também era funcionário público, casado e deixa dois filhos. A morte do radialista causou comoção na cidade.(Imirante)

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Além de privilegiada pela regionalidade, Rosângela já provou nas urnas que simpatia e discurso são qualidades presentes no largo sorriso.

Com o ingresso no PDT da líder tocantina Rosângela Curado, ficou claro que a intenção da legenda é lançar a mulher apelidada de fenômeno dos votos em Imperatriz, como companheira de chapa de Flávio Dino candidato ao Governo do Estado.

E se a alternativa da oposição é alguém da região Tocantina – assim como em 2002 quando o escolhido foi o Pastor Porto vice de Jackson Lago – não existe outro nome tão estratégico quanto Curado.

Lembro-me que já falei sobre esse assunto aqui no Blog, na matéria: “Três boas companheiras de chapas de Flávio Dino”. (LEMBRE AQUI)

Além de privilegiada pela regionalidade e o fato da delicadeza feminina, Rosângela já provou nas urnas que simpatia e discurso conducente são qualidades presentes no largo sorriso.

Só que nesse “mar” de favorecimentos, existem algumas “ondas” de desfavores. Alguns entraves, que se não bem trabalhados, podem tirar a foto da sorridente melhor opção de vice do lado de Flávio Dino.

Como o experiente ex-governador Zé Reinaldo adverte, o PDSB é indispensável para Flávio chegar à vitória em 2014. Além de deixar o adversário político de Rosangela Curado em Imperatriz numa saia justa – Sebastião Madeira – o PSDB representa uma enorme conquista a oposição. Sem cotar, é claro, que o tempo de TV no horário eleitoral, aumenta significativamente para oposição.

Certo que se o PSDB fechar com a oposição – e as negociações andam avançadíssimas – não vem fechado, a quebra, além do próprio Madeira, deve ser acompanhado por mais um, e no máximo, dois outros políticos de mandatos dissidentes, alinhados por motivos óbvios aos Leões.

Para o PSDB entrar de vez no caminho da oposição visando as eleições do próximo ano, existe pelo menos uma exigência na mesa de negociação: Indicação do vice. E o nome não seria outro, se não do Deputado Federal Carlos Brandão.

Unir duas forças partidárias com os mesmos ideais é possível, quando o objetivo é mudar a história do Maranhão.

Mas, para concretização, os interesses das cúpulas nacionais dos dois partidos – PDT e PSDB – deverão, necessariamente, está na mesa de negociação.

Só que essa é outra história…

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Vereador Beto Castro aguarda julgamento no cargo

A novela envolvendo o processo de cassação do Vereador de São Luis Beto Castro (PRTB), parece que não tem fim.

O TRE – Tribunal Regional Eleitoral do Maranhão, ainda não colocou na pauta de julgamento o recurso do Vereador contra decisão da juíza Luzia Madeiro Neponucena, que decidiu cassar o seu mandato por fraude.

O vereador Beto Castro tinha sido cassado por decisão da Juíza Luzia Madeiro Neponucena, pedindo a imediata posse do suplente Carioca(PRTB). Só que em menos de 24h, Castro conseguiu Liminar através do juiz Sérgio Muniz e espera, no vigor do mandato, o julgamento do mérito que caminha a passos de tartarugas.

Contra o Vereador de dois nomes, pesam graves comprovações de falsidade ideológica entre outras ilegalidades, verificadas após perícia da Polícia Federal.

A pergunta fica é a seguinte: Qual o motivo de tanta demora do julgamento do mérito Beto Castro?

A Prefeitura de São Luís vai contribuir definitivamente para fomentar o empreendedorismo e a geração de renda da capital através do Banco da Cidade, iniciativa inédita lançada na manhã da última sexta-feira (25), no auditório Reis Perdigão do Palácio La Ravardière, como parte integrante do Programa Avança São Luís. Na cerimônia, o prefeito Edivaldo Holanda Júnior, acompanhado do vice Roberto Rocha, assinou acordo de cooperação técnica entre a Prefeitura de São Luís e o Banco do Nordeste, que prevê investimento da ordem de R$ 150 milhões para micro e pequenos empreendedores na capital.

Prefeito Edivaldo Holanda Júnior assinou acordo de cooperação técnica entre a Prefeitura de São Luís e o Banco do Nordeste

o se pronunciar, o prefeito Edivaldo enfatizou a importância do Banco da Cidade para estimular a independência financeira dos pequenos empreendedores com a geração de renda. “Conseguimos realizar essa grande parceria em apenas dez meses de gestão, mais um compromisso pensado durante nossa campanha que estamos honrando. Isso demonstra nosso comprometimento em governar para quem mais precisa, oferecendo oportunidade de crescer e acelerar o desenvolvimento da nossa amada cidade”, afirmou.

Entusiasta do projeto, o vice-prefeito Roberto Rocha afirmou que além de oferecer crédito aos pequenos empreendedores, o Banco da Cidade se diferencia por levar o serviço até o potencial cliente, nos bairros. “É uma política diferenciada. Queremos ver todos os pequenos negócios sendo alavancados e, mais do que isso, mostrar ao microempreendedor que ele também pode ser seu próprio patrão, ter independência financeira e qualidade de vida. É a meta que queremos e iremos alcançar”, assegurou.

Após a apresentação de vídeo documentário detalhando o funcionamento do Banco da Cidade, o secretário de Agricultura, Pesca e Abastecimento, Marcelo Coelho, destacou a importância do projeto para incentivar o empreendedorismo também entre agricultores, artesãos e trabalhadores rurais.

“A gestão Edivaldo Holanda Júnior está trabalhando para alavancar a economia tanto da zona rural quanto da urbana. Essa parceria com o Banco do Nordeste vai permitir que o crescimento do pequeno negócio seja expandido para trabalhadores de diversas regiões do município, garantindo a eficácia do que está sendo proposto”, disse Marcelo Coelho.

A parceria com o Banco do Nordeste será uma importante iniciativa também para inserir jovens no mercado de trabalho. O Banco da Cidade contará com 50 colaboradores que serão treinados para atuar como promotores do serviço nos bairros para identificar as demandas para o microcrédito. Parte dos colaboradores são jovens inseridos em programas sociais da Secretaria de Criança e Assistência Social (Semcas).

O Banco da Cidade ampliará o acesso de pequenos empreendedores às linhas de crédito, que poderão ser de R$ 100 a R$ 15 mil por pessoa. O superintendente estadual do Banco do Nordeste, Helton Chagas Mendes, explica que poderão se cadastrar para as linhas de créditos microempreendedores formais ou informais. Até quem possui pequenos negócios estruturados podem ter acesso aos recursos para capital de giro e investimento. Com uma taxa de juros anual em torno de 0,5%m, os primeiros empréstimos devem acontecer em grupos de ao menos três pessoas.

“Essa parceria vai garantir a qualquer pessoa que queira melhorar o seu negócio a chance de crescer. As taxas de juros de cada empréstimo serão muito baixas, o que vai garantir o fortalecimento da economia em vários setores. É uma parceria inédita que estamos firmando, que vai criar oportunidades de emprego e renda, crescimento e qualidade de vida”, destacou o superintendente.

O vereador autor do projeto, Roberto Rocha Júnior (PSB), destacou ainda que o acesso às linhas de crédito deverá diminuir a pobreza na capital. “Foram vários meses de trabalho buscando a melhor forma possível pra ser executado esse projeto. Acredito que ele vai trazer muitos bons frutos para a população de São Luís. Com isso, poderemos reduzir consideravelmente a faixa de pobreza na cidade que hoje conta com mais de 100 mil pessoas”, enfatizou.

Para Juliana Gomes, de 16 anos, que será uma das colaboradoras, a iniciativa também ampliará as oportunidades de crescimento profissional dos jovens envolvidos. “Significa mais uma oportunidade para que jovens como eu possam trabalhar e entender melhor o que é ser empreendedor, para que nós também sejamos no futuro”, assinalou.

Também estiveram presentes na solenidade os secretários Márcio Jerry (Comunicação), Rodrigo Maia (Meio Ambiente), Antônio Araújo (Urbanismo e Habitação), Andréia Lauande (Criança e Assistência Social) Mittyz Rodrigues (Administração), José Cursino Moreira (Planejamento) e o presidente do Instituto Municipal de Paisagem Urbana (Marconi Loiola), além dos vereadores Pedro Lucas Fernandes (PTB), Barbosa Lages (PDT) e Josué Pinheiro (PSDC).

BANCO DA CIDADE

Em São Luís, o BNB poderá ampliar ainda mais o capital das duas linhas de crédito de fomento existentes: Crediamigo e Agroamigo. Os dois programas funcionam desde 1998 com taxa de inadimplência abaixo de 1%. Segundo o superintendente Helton Mendes, em 2014 as duas linhas de créditos devem movimentar mais de R$ 150 milhões em São Luís, sendo a maior fatia destinada para o Crediamigo.

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O caminho natural para o Prefeito Padre Josias será com Flávio Dino

O peemedebista Padre Josias, Prefeito de Peritoró, anunciou o rompimento com o grupo politico da família Sarney, após desavenças com aliados do Deputado licenciado Ricardo Murad (PMDB).

Padre Josias que não guarda almoço pra janta, estava de saco cheio com as ações do agora ex-secretário de saúde  Abrãao Leopoldino, indicado por Murad para o cargo.

Segundo fontes ligadas ao gabinete de Jozias, o desgaste na relação política entre os dois já vinha ocorrendo há algum tempo em decorrência da forma impositiva que Ricardo e seu sobrinho Jorginho Murad (PMDB), vice-prefeito daquela cidade, interferiam naquela administração.

O estopim para o rompimento, segundo as mesmas fontes, ocorreu com uma desautorização de Jozias na secretaria de Saúde, comandada com mãos-de-ferro pelo seu vice Jorginho.

O coroataense Abrãao Leopoldino, que ocupou até ontem a chefia da secretaria de Saúde, foi o primeiro a ser exonerado do cargo que ocupava naquela prefeitura, sendo indicado por Ricardo Murad e seu sobrinho atendia apenas as suas determinações, muitas vezes desobedecendo o prefeito. A mesma canetada que canetada da qual Leopoldino foi vítima colocou no “olho-da-rua” uma penca de apadrinhados dos Murad que estavam agregados naquela prefeitura.

Com este novo acontecimento Jozias sinaliza que poderá vir a declarar apoio ao pré-candidato da oposição, Flávio Dino (PCdoB)  nas próximas semanas, seguindo os mesmos caminhos do presidente da Câmara e seu fiel escudeiro, Constantino Neves (PSB), que declarou nos últimos dias apoio ao presidente da Embratur, muito provavelmente atendendo já orientação prévia do ex-padre.(Com alterações blog Coroatá de Verdade)

O Sampaio Corrêa voltou à Série B do Campeonato Brasileiro após 11 anos. Ontem, sábado 26/10, o time maranhense empatou com o Macaé-RJ por 1 a 1 e, como havia vencido o primeiro jogo por 5 a 3 em São Luís, conseguiu colocar o nome do Maranhão na série B  brasileiro.

Agora, com a vaga garantida, o Sampaio vai enfrentar o vencedor do confronto entre Vila Nova-GO e Treze-PB, que se enfrentam hoje 27/10, domingo.

 

ilha_sao_luiz_honorio_moreira_okNo município de Raposa, 20 quilômetros a nordeste de São Luís, a ilha de Curupu é conhecida como um dos símbolos do poderio econômico da família Sarney. Mas sua área total de 16 milhões de metros quadrados reflete também o contraste social pelo qual se tornou conhecido o Maranhão.

No lado sul da ilha, duas mansões servem de abrigo para o clã maranhense e seus convidados vips. Na face norte, um povoado conhecido como Canto, formado por 30 famílias de remanescentes do local, ainda vive como seus antepassados. Com a permissão do ex-presidente e senador José Sarney (PMDB-AP), a comunidade simples reside ali em casebres de madeira, cobertas de palha ou de telhas de amianto. Os moradores alegam que não têm permissão para construir casas de alvenaria.

Se depender da disposição de um sobrinho de Sarney, a ilha poderá futuramente contar com novos moradores. Dizendo-se coagido na sua intenção de vender a parte que lhe cabe em Curupu, ele ameaça fazer um loteamento “popular” na paradisíaca propriedade da família.

Gustavo da Rocha Macieira, filho de Cláudio Macieira – já falecido -, irmão de dona Marly Macieira Sarney, esposa do senador, decidiu há dois anos oferecer, por cerca de R$ 20 milhões, os 12,5% que possui da ilha. Em dezembro de 2011 ele chegou a publicar anúncios em jornais, contratou uma imobiliária para cuidar da venda e iniciou uma negociação com um grupo português. Segundo Gustavo, este e outros compradores desistiram da compra ao saber que se tratava de um imóvel da família Sarney.

A imobiliária Alzira, que ele contratou em São Luís, não conseguiu publicar o anúncio da venda no jornal O Estado do Maranhão – de propriedade da família Sarney – e, com medo de “retaliação”, preferiu desfazer o contrato com o sobrinho do senador. A governadora Roseana Sarney (PMDB), afirma Gustavo, quer impedir que ele use nas peças publicitárias fotografias da sua mansão na ilha.

‘Vai ter fila’. “O que me parece que vai restar como opção para mim é chegar lá no Maranhão e oferecer lotes a partir de 100 metros quadrados para quem quiser comprar, fracionar aquilo”, disse ao Estado Gustavo. “Vai ter fila em São Luís. Aí o problema é deles. Vai ser bom porque eles vão conviver com o povão, né? Vai ser agradável.”

A sua parcela na ilha é de aproximadamente 2 milhões de metros quadrados. Há dois anos, segundo corretores locais, o metro quadrado de terra na região (não especificamente na ilha) estava sendo vendido a R$ 30. É o preço que o sobrinho de Sarney pretende cobrar pelo metro quadrado de sua imensa parte na ilha.

Esse valor é menos da metade dos R$ 66 pelo metro quadrado que Ivanoel Alves de Sousa tenta obter com a venda de um terreno de 10 por 38 metros em área bem localizada no Timbuba, área portuária no município vizinho de Paço do Lumiar, utilizada pelos Sarney e amigos para embarque e desembarque. No condomínio Alphaville, na cidade de São José de Ribamar, a venda de lotes gira em torno de R$ 450 o metro quadrado.

Não há placas de venda em Curupu. Na semana passada, o Estado teve acesso à ilha a convite de moradores do Canto. A paisagem é como uma miniatura dos lençóis maranhenses, em frente à sede do município de Raposa, cidade construída por imigrantes cearenses exilados pela seca da década de 1930 e que ocupa o 3.561.º lugar entre as 5.565 cidades brasileiras no Índice de Desenvolvimento Humano. A água que abastece os casebres da colônia de pescadores tem alto nível de salinidade.

Entre os moradores está Valbinho, apelido que Claudiomar Ferreira da Silva, 43 anos, ganhou nos 18 anos que passou executando serviços domésticos na casa do Sarney em Curupu. Segundo ele, Sarney o tem como amigo. Até pouco tempo, o ex-presidente da República costumava ir até o Canto.

Bolsa Família. “Às vezes ele me chamava na casa para saber das novidades”, conta Valbinho – que é pescador e pai de três crianças, todas inscritas no Programa Bolsa Família. No município há 5.664 inscritos no programa social do governo federal. Segundo cadastro do Ministério do Desenvolvimento Social a frequência escolar é de 71,47% nas escolas que recebem alunos entre 6 e 15 anos.

Há uma escola no Canto. Luana de Jesus da Silva, 15 anos, e Diana de Jesus Silva, 9 anos, estudam na Unidade Escolar Manoel Batista, um anexo da rede de ensino fundamental de Raposa. Luana está na 6.ª série e Diana na 4.ª.

Ambas dividem o único professor num mesmo espaço. Na quarta-feira, Diana fechava as portas da escola às 16 horas. Não houve aula.

“Os professores de Raposa não querem vir pra cá”, reclama Valbinho. Sem ler, nem escrever, o “amigo do senador” sabe da instabilidade em que vivem os moradores na ilha. “Aqui tem luz. Mas nós não temos conta em nosso nome. Não podemos provar coisa alguma”, afirma. “Qualquer dia desses o velho morre e a ilha será vendida”, vaticina.

São poucos os que possuem emprego formal. Há empregados da casa do Sarney que moram ali. Das 30 casas, pelo menos 20 têm uma moto em frente. Mas só os homens pilotam. Todos no povoado votam ou votaram em Roseana nas últimas eleições, como conta Cleudes, esposa de Valbinho.

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Casa de Fernando Sarney na Ilha de Curupu, em Raposa (MA)

A política de proteção da Ilha dos Sarney foi mais acentuada no passado. “Houve uma época em que eles colocaram segurança de um lado e de outro aqui em Raposa”, conta Francisco “Nego”, barqueiro que tira a modesta renda diária cobrando R$ 2 por travessia em um barquinho. Não deu certo. Hoje os caseiros relaxam e abrem as portas aos visitantes, ilustres ou desconhecidos.

Do outro lado de Curupu a segurança das mansões dos Sarney costuma ser feita por policiais militares da Secretaria de Estado de Segurança Pública. De camisetas azuis com logo da ilha estampado, quatro se revezam em plantões na casa de Roseana, esteja a governadora presente nas dependências da mansão ou não.

Mas raros são os moradores do porto que já viram o senador pessoalmente. O barqueiro Domingos Souza Marques, 51 anos, conta que só o viu pela televisão. San Dumon Kzam, 43 anos, comerciante descendente de libaneses, viu apenas uma vez o senador passando para o porto no rio Santo Antonio. “Estou comprando até terreno na lua”, brinca Kzam, ao ser informado sobre a proposta de loteamento de parte da ilha feita por Gustavo Macieira.

Porém, está ficando raro também o uso do porto em Paço do Lumiar pelos Sarney. Conforme relatos de moradores, quando se recolhe à ilha, a governadora utiliza helicópteros oficiais do Estado. Os convivas costumam partir do heliporto do empresário Eduardo Lago, na praia do Olho D’Água em São Luís. Vista do céu a visão da ilha esconde os casebres do Canto. O que sobressai é mesmo a parte sul e o imenso telhado da mansão do senador e de sua filha entre o recorte do mar e a vegetação preservada.

Respeito. Gustavo, que mora no Rio, diz que não visita a ilha há quase dez anos. O último encontro com o senador foi na época em que decidiu vender sua parte na propriedade. Disse que foi ao Senado para comunicar ao então presidente da Casa sua intenção “por respeito” e “consideração” ao tio.

“Não estou numa cruzada, não quero comprar briga com ninguém. Eu quero, eu preciso vender (a ilha). Eu tenho minha mãe e meu filho, que são dependentes de mim. Eu sou de classe média. Eu nunca ocupei e nem quero nenhuma diretoria de estatal, não fui educado pelo meu pai nesse tipo de bajulação a um ‘politicozinho’. Quero apenas vender um patrimônio que foi constituído, comprado pelo meu avô na época, vendido para o meu pai e que meu pai me vendeu essa fração ideal”, afirma.

– De Henrique Bóis, Especial para o Estado Raposa (MA) e Eduardo Kattah (O Estado de São Paulo) – Blog do Jhon Cutrim.

Sob o risco de perder o poder no Maranhão pela primeira vez em quase meio século, a família do ex-presidente lança campanha predatória contra o principal candidato da oposiçãoDa IstoÉ

Em quase meio século de domínio no Maranhão, o clã Sarney nunca correu tanto risco de perder o poder. Os sinais de esgotamento começaram a surgir nos protestos que tomaram as ruas de São Luís em junho e ganharam mais substância nas últimas pesquisas de intenção de voto para 2014. Em todas elas, os candidatos apoiados por José Sarney, inclusive sua filha Roseana, atual governadora, patinam em índices de popularidade incomuns para quem ditou os rumos políticos do Estado por tanto tempo. A maior ameaça à hegemonia dos Sarney chama-se Flávio Dino, que lidera as pesquisas para o governo do Estado com quase 60% de apoio, índice que o credencia a liquidar a eleição no primeiro turno. Exatamente por isso, o ex-deputado federal do PCdoB, ex-juiz e atual presidente da Embratur tornou-se alvo de uma campanha implacável de difamação que expõe o desespero de quem não está acostumado a ser oposição.

Um dos principais escudeiros da família Sarney na batalha contra Dino é o deputado federal Chiquinho Escórcio (PMDB/MA), que tem feito uma devassa nas contas da Embratur em busca de problemas que comprometam o presidente do órgão. Escórcio acaba de protocolar requerimento ao Ministério do Turismo questionando a Embratur sobre a decisão de abrir 13 escritórios de representação no Exterior. Ele também denunciou Dino à Comissão de Ética Pública da Presidência, acusando-o de usar o cargo para fazer campanha antecipada no Estado. “Dino trabalha em Brasília de segunda a quarta e viaja na quinta para o Maranhão. Quem você acha que está pagando isso?”, questiona Escórcio. Com a experiência de quem já travou nas urnas uma disputa com os Sarney em 2010, Dino diz que não cometeria tal deslize. “Todas as viagens não oficiais são pagas pelo PCdoB ou por mim”, garante. O presidente da Embratur diz que fica no órgão até o meio-dia de sexta-feira e só faz campanha depois das 18 horas.

As denúncias feitas por Escórcio ganharam destaque nos veículos que integram o Sistema Mirante de Comunicação, da família Sarney. No domingo passado, o jornal “O Estado do Maranhão” publicou reportagem sobre obras-fantasmas que teriam recebido emendas parlamentares do próprio Dino, quando era deputado federal. Foram R$ 5,6 milhões para a construção de ginásios e campos de futebol na cidade de Caxias. As obras, porém, existem e já foram inauguradas. Há poucos dias, Dino teve que se defender de outra denúncia, a de que recebia salário da Universidade Federal do Maranhão mesmo sem dar aula. Uma nota oficial da própria universidade desmentiu a acusação. Os sucessivos ataques do clã Sarney levaram Dino a revidar. Em denúncias ao Ministério Público, acusa o secretário de Infraestrutura do Maranhão e pré-candidato ao governo, Luis Fernando Silva, de usar helicóptero oficial para reuniões partidárias. O PCdoB de Dino também questiona o que chama de “manipulação do orçamento” por parte da governadora Roseana Sarney. “A análise da lei orçamentária mostra que Roseana cortou verbas de saneamento, educação e segurança pública, enquanto triplicou o orçamento de Infraestrutura, pasta do pré-candidato deles”, afirma o deputado estadual Rubens Júnior (PCdoB).

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O ex-presidente também entrou na briga. Nos artigos que publica aos domingos em seu jornal, Sarney encarna o papel de vítima e se diz perseguido por uma oposição movida por “ódio, inveja, ressentimento e ambição desmedida”. O grau de irritação do velho senador aumentou depois que o Palácio do Planalto se mobilizou em prol de Dino. Sarney ameaçou sabotar o palanque de Dilma em vários Estados e agora negocia uma solução para o imbróglio. Na quinta-feira, arquitetou-se em Brasília um plano para um acordo capaz de agradar às duas partes. O vice-governador de Estado, Washington Luiz de Oliveira, do PT, trocaria o governo por um assento vitalício no Tribunal de Contas. Assim, Roseana poderia se licenciar para concorrer ao Senado sem o risco de um petista assumir o governo e virar a máquina estadual contra o PMDB. O Palácio do Planalto apoiaria Roseana e tentaria interditar o palanque estadual para Eduardo Campos. O problema é que o PSB de Campos é aliado tradicional do PCdoB e Dino já se comprometeu com o socialista. “Podemos abrir o palanque para todos os aliados que tiverem candidatos à Presidência, inclusive o PT”, diz Dino. A batalha, como se vê, exige uma complexa engenharia política. A única certeza é que, pela primeira vez em muitos anos, os Sarney têm motivos reais para entrar em desespero.

Duzentos e trinta e dois mil candidatos fazem, neste fim de semana, a prova do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) para o Maranhão. As provas do Enem ocorrem neste sábado (26) e domingo (27) em 77 municípios.

No Enem é permitido, somente, o uso de caneta na cor preta feita de material transparente. Lápis e lapiseiras não são permitidos. O ideal é que o candidato vá para a prova com uma roupa confortável. Shorts, bermudas e chinelo são permitidos. Óculos escuros, bonés e chapéus estão proibidos. Se o candidato não obedecer a estas determinações, ele corre o risco de não fazer a prova.

O candidato aqui do Maranhão também deve ficar atento ao relógio. Como o estado não aderiu ao horário de verão os portões dos locais de prova fecham uma hora mais cedo, pois o que vale para o Enem é o horário de Brasília. Em todo o Maranhão os portões abrem às 11h e se fecham 12h.

A Superintendência de Avaliação Educacional da SEDUC orienta os candidatos a chegar ao local de prova com antecedência. “Observe qual e o ônibus que faz esse percurso e em quanto tempo ele faz o percurso. O estudante tem que chegar a tempo”, disse a superintendente de avaliação educacional da SEDUC, Vera Píres.

Em São Luís, a Secretaria Municipal de Trânsito e Transporte (SMTT) anunciou que toda a frota de ônibus vai circular no fim de semana, para facilitar o acesso dos candidatos aos locais de provas.

O Ministério da Educação anunciou nesta sexta-feira (25) que os estudantes que vão fazer as provas do Enem estão proibidos de usar o celular ou postar qualquer tipo de imagem de dentro da sala onde farão o exame. As redes sociais serão monitoradas e o candidato que postar fotos na internet poderá ser desclassificado.

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