Presidente afirmou que não teme delação. Segundo ‘O Globo’, empresário entregou à PGR gravação de conversa com Temer sobre a compra do silêncio de Eduardo Cunha.

O presidente Michel Temer afirmou na tarde desta quinta-feira (18) no Palácio do Planalto que não teme delação e que não renunciará. Ele fez um pronunciamento motivado pela delação premiada dos empresários Joesley e Wesley Batista, donos da JBS. As delações já foram homologadas pelo Supremo Tribunal Federal. Nesta quinta, o ministro Edson Fachin, relator da Operação Lava Jato no STF, autorizou a abertura de inquérito para investigar o presidente.

– Íntegra do pronunciamento

Leia abaixo a íntegra do pronunciamento de Michel Temer:

Olha, ao cumprimentá-los, eu quero fazer uma declaração à imprensa brasileira e uma declaração ao País. E, desde logo, ressalto que só falo agora – os fatos se deram ontem – porque eu tentei conhecer, primeiramente, o conteúdo de gravações que me citam. Solicitei, aliás, oficialmente, ao Supremo Tribunal Federal, acesso a esses documentos. Mas até o presente momento não o consegui.

Quero deixar muito claro, dizendo que o meu governo viveu, nesta semana, seu melhor e seu pior momento. Os indicadores de queda da inflação, os números de retorno ao crescimento da economia e os dados de geração de empregos, criaram esperança de dias melhores. O otimismo retornava e as reformas avançavam, no Congresso Nacional. Ontem, contudo, a revelação de conversa gravada clandestinamente trouxe volta o fantasma de crise política de proporção ainda não dimensionada.

Portanto, todo um imenso esforço de retirar o País de sua maior recessão pode se tornar inútil. E nós não podemos jogar no lixo da história tanto trabalho feito em prol do País. Houve, realmente, o relato de um empresário que, por ter relações com um ex-deputado, auxiliava a família do ex-parlamentar. Não solicitei que isso acontecesse. E somente tive conhecimento desse fato nessa conversa pedida pelo empresário.

Repito e ressalto: em nenhum momento autorizei que pagassem a quem quer que seja para ficar calado. Não comprei o silêncio de ninguém. Por uma razão singelíssima: exata e precisamente porque não temo nenhuma delação, não preciso de cargo público nem de foro especial. Nada tenho a esconder, sempre honrei meu nome, na universidade, na vida pública, na vida profissional, nos meus escritos, nos meus trabalhos. E nunca autorizei, por isso mesmo, que utilizassem o meu nome indevidamente.

E por isso quero registrar enfaticamente: a investigação pedida pelo Supremo Tribunal Federal será território, onde surgirão todas as explicações. E no Supremo, demonstrarei não ter nenhum envolvimento com esses fatos.

Não renunciarei, repito, não renunciarei! Sei o que fiz e sei da correção dos meus atos. Exijo investigação plena e muito rápida, para os esclarecimentos ao povo brasileiro. Esta situação de dubiedade ou de dúvida não pode persistir por muito tempo. Se foram rápidas nas gravações clandestinas, não podem tardar nas investigações e na solução respeitantemente a estas investigações.

Tanto esforço e dificuldades superadas, meu único compromisso, meus senhores e minhas senhoras, é com o Brasil. E é só este compromisso que me guiará.

Muito obrigado. Muito boa tarde a todos.

Aliados de Temer, Roberto Rocha e Roseana são afetados diretamente com a queda do governo peemedebista…

Caso seja confirmada a renúncia, impeachment ou o afastamento pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral) do presidente da República Michel Temer, a partir da delação dos donos da JBS, o cenário político no Maranhão no que tange a disputa eleitoral de 2018, muda consideravelmente.

Os maiores afetados, nesse caso, óbvio que serão os aliados: Entre tantos, os pré-candidatos ao governo estadual, Roseana Sarney (PMDB) e Roberto Rocha (PSB).

Naturalmente, a estrada para reeleição do governador Flávio Dino (PCdoB), que já não impõem tantas dificuldades fica ainda mais trafegável.

Oposicionistas de Dino, a filha de Sarney e o senador socialista que, aliás, já negociava o ingresso no ninho tucano via Aécio Neves, torciam e trabalhavam pelo sucesso do governo Temer, para assim, juntos, tentarem desbancar o atual governo num eventual segundo turno da eleição do próximo ano.

Se concretizada a queda do governo peemedebista nas turvas próximas semanas, as pretensões dos aliados de Temer no Maranhão torna-se um verdadeiro banho de água fria…

Cunha sabe muito de e sobre Temer…

Como bem indagou o jornalista Ricardo Noblat, por que o silêncio de Eduardo Cunha custa tão caro a Temer? Entre os tantos segredos guardados por Cunha e que, se revelados, seriam capazes de derrubar toda a República, há muito que se desvendar.

“Tem que manter isso, viu?” – disse Temer a Joesley Batista, dono do JBS, depois de ouvi-lo contar que pagava mesada a Eduardo Cunha e ao doleiro Lúcio Funaro, presos em Curitiba, para que não abrissem o bico.

Certo dia, quando Cunha ainda presidia a Câmara dos Deputados e Temer era vice-presidente, os dois se reuniram no Palácio do Jaburu com uma alta autoridade do Banco Central.

Depois dos cumprimentos iniciais e de uma troca de comentários desimportantes, Temer saiu da sala deixando a sós Cunha e a tal autoridade. Só voltou quando a conversa dos dois havia terminado. Sobre o que falaram Cunha e a autoridade do Banco Central? A Lava Jato quer saber.

A preocupação de Temer em manter Cunha calado, mesmo que atrás das grades, deixa bem claro que o ex-presidente da Câmara é um arquivo vivo e sabe de muitos fatos escabrosos da política brasileira, que podem transformar a República num verdadeiro colapso. Acredite, pior ainda que os dias atuais…

Relator da Lava Jato no STF também ordenou afastamento do deputado Rocha Loures (PMDB-PR) da Câmara. PF cumpre nesta quinta (18) mandados de busca e apreensão em endereços ligados a Aécio.

STF afasta Aécio Neves do cargo e autoriza prisão de irmã…

O ministro Edson Fachin, relator da Lava Jato no Supremo Tribunal Federal (STF), mandou afastar o presidente nacional do PSDB, Aécio Neves (MG), do mandato de senador. O magistrado, no entanto, optou por não decretar monocraticamente o pedido apresentado pela Procuradoria Geral da República (PGR) para prender o parlamentar tucano.

No despacho, conforme apurou a TV Globo, Fachin decidiu submeter ao plenário do Supremo o pedido de prisão de Aécio solicitado pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot.

Endereços ligados ao parlamentar tucano também são alvo de mandados de busca e apreensão na manhã desta quinta-feira (18) no Rio de Janeiro, em Belo Horizonte e em Brasília.

O relator da Lava Jato determinou ainda que o deputado federal Rodrigo Rocha Loures (PMDB-PR) seja afastado da Câmara. Fachin, a exemplo do que decidiu em relação a Aécio, também preferiu enviar ao plenário do tribunal o pedido da PGR para prender o deputado do PMDB

Em entrevista na noite desta quarta-feira (17), o líder do PDT na Câmara dos deputados, Weverton Rocha pediu o afastamento do presidente Michel Temer e a realização de eleições diretas após a divulgação da reportagem de “O Globo” que revela que Temer foi gravado pelo dono da JBS, Joesley Batista, dando aval para a compra do silêncio do ex-deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ). Durante a entrevista ladeado de oposicionistas, Wevertom leu uma nota conjunta  em nome dos congressistas assinada pelo PDT, PT, PCdoB, PSB, PSOL e Rede, pedindo a renúncia do presidente a realização de eleições diretas imediatamente

Por volta de 22h30m do dia 7 de março, Joesley Batista entrou no Palácio do Jaburu. Michel Temer estava à sua espera. Joesley chegou à residência oficial do presidente com o máximo de discrição: foi dirigindo o próprio carro para uma reunião a dois, fora de agenda. Escondia no bolso uma arma poderosa — um gravador. Temer havia chegado pouco antes em casa, logo depois do seu último compromisso do dia: uma passada rápida na comemoração dos 50 anos de carreira do jornalista Ricardo Noblat.

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Até o líder da “máfia da Sefaz” Cláudio Trinchão esteve no jantar, mas prefeitos que é bom… nada!

Até agora procuro ao menos um registro fotográfico que prova a quantidade de prefeitos presentes no jantar oferecido por Roseana, Sarney, João Alberto, Lobão e C&A aos prefeitos de municípios maranhenses na noite de ontem, terça-feira (16), em Brasília.

A oligarquia que busca artifícios de disputar o governo do Estado em 2018, aproveitou a mobilização dos gestores municipais do Maranhão que foram participar da XX Marcha dos Prefeitos, para criar um fato político positivo, entretanto, o tiro saiu pela culatra.

A ex-governadora Roseana Sarney, por exemplo, antes do jantar era só entusiasmo, pensava ela que seria atendida pela ampla maioria dos prefeitos do Estado que governou por inúmeras vezes, mas o resultado foi um verdadeiro fiasco!

Embora mais de cem estivessem na capital federal, não chegou a dez o número de prefeitos no ato do PMDB. Os gestores simplesmente ignoraram a família Sarney.

Na prática, o “jantar indigesto dos prefeitos fantasmas” é mais uma prova do quanto a família que dominou a política maranhense durante mais de quatro décadas anda ruim das pernas.

Que venha 2018…

“A espinha dorsal do governo foi quebrada hoje. O governo acabou”, disse o autor do pedido de impeachment.

Dono da JBS grava Temer dando aval para compra de silêncio de Cunha…

O deputado Alessandro Molon (Rede-RJ) protocolou um pedido de impeachment contra o presidente Michel Temer na noite desta quarta-feira (17). Ele entregou o pedido ao presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia.

Maia encerrou a sessão do plenário após a notícia de que o dono da JBS, Joesley Batista, gravou o presidente dando aval para a compra de silêncio de Eduardo Cunha.

Cabe agora ao presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), dar seguimento ao processo de impeachment. Segundo a Reuters, Maia afirmou que não havia mais clima para trabalhar e que só se pronunciaria após ver o teor da denúncia. Ainda segundo a agência, Maia bateu boca com Alessandro Molon.

Dono da JBS gravou Temer dando aval para pagar silêncio de Cunha

Em acordo de delação premiada firmada com a Procuradoria-Geral da República, o dono da JBS Joesley Batista gravou um áudio em que o presidente Michel Temer aparece dando aval para o pagamento de uma mesada ao ex-deputado Eduardo Cunha e ao operador Lúcio Funaro, segundo informações divulgadas pelo jornal O Globo na tarde desta quarta-feira.

Resultado de imagem para deputado Alessandro Molon (Rede-RJ)

Alessandro Morlon, autor do pedido de impeachment.

Segundo a reportagem, Temer teria indicado na frente de Joesley o deputado Rodrigo Rocha Loures (PMDB-PR) para solucionar um assunto da J&F (holding que controla a JBS), cujo conteúdo não foi revelado. Depois, Rocha Loures teria sido filmado recebendo uma mala com 500.000 reais enviada por Joesley.

Ainda de acordo com o jornal, o empresário teria afirmado a Temer que estava pagando a Eduardo Cunha e ao operador Lúcio Funaro uma mesada para eles ficarem calados. Os dois estão presos — Cunha na Operação Lava Jato; e Funaro na Operação Sépsis. Diante desta afirmação, Temer teria dito: “Tem que manter isso, viu?”.

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