Fala de Jucá é mais grave que a de Delcídio, avalia relator
Relator da cassação do mandato de Delcídio Amaral (sem partido-MS), o senador Telmário Mota (PDT-RR) avaliou nesta segunda-feira que a fala do ministro do Planejamento, Romero Jucá, sobre formas de parar as investigações da Operação Lava-Jato é ainda mais grave do que a que levou Delcídio à prisão, em novembro passado. Telmário e Jucá, que se licenciou do Senado para assumir o Planejamento, são adversários políticos em Roraima. O PDT vai ingressar amanhã com uma representação no Conselho de Ética do Senado pedindo a cassação de Jucá.
Juristas comparam caso de Jucá com o do ex-senador Delcídio Amaral
Para juristas, o senador Romero Jucá (PMDB-RR) agiu de forma criminosa durante a conversa gravada com o ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado. O constitucionalista Lenio Streck compara a situação de Jucá com a do ex-senador Delcídio Amaral (sem partido-MS), que foi preso após ser gravado oferecendo suborno e montando um plano de fuga para o ex-diretor da Petrobras Nestor Cerveró. – É muito grave. Tem a mesma dimensão daquilo que o Delcídio fez. Demonstra a abrangência de uma conspirata para abortar a Lava-Jato – afirma Streck, professor da Universidade do Vale do Rio dos Sinos (Unisinos).
“Por muito menos, eu fui preso”, diz Delcídio Amaral sobre Romero Jucá
O ex-senador Delcídio Amaral comentou o diálogo divulgado nesta segunda-feira entre o ministro do Planejamento, Romero Jucá, e o ex-presidente da Transpetro, Sérgio Machado. No diálogo, revelado pelo jornal Folha de São Paulo, Jucá fala em “estancar a sangria” da Operação Lava Jato e faz uma referência a um pacto para deter as investigações. “Por muito menos, eu fui preso” disse Delcídio nesta manhã, se referindo à gravação em que aparece propondo a fuga de Nestor Cerveró para o Paraguai. Delcídio ainda ironizou o episódio, que classificou como “grave”, e disse que o seu caso, perto deste, “parece a Disney”.
Vídeo: Jucá tenta explicar o inexplicável
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