02
maio
2014

Provável vice de Flávio Dino diz que Maranhão vive expectativa de um novo estelionato eleitoral com Refinaria

Deputado Carlos Brandão(PSDB)

Na reunião da Comissão de Fiscalização Financeira e Controle, da Câmara Federal, quarta-feira (30), o deputado Carlos Brandão questionou a presidente da Petrobras, Graça Foster, sobre as obras da Refinaria Premium I, em Bacabeira (MA), e disse que o Maranhão vive, hoje, a “expectativa de um novo estelionato eleitoral”.

Brandão afirmou que a refinaria Premium foi usada como golpe eleitoral pelo grupo Sarney. “Às vésperas das eleições de 2010, a obra foi anunciada como promessa de 400 mil novos empregos, em atos festivos, com direito à presença do então presidente Lula e de Dilma Rousseff, à época pré-candidata à Presidência da República, além do ministro Edison Lobão (Minas e Energia) e da governadora Roseana Sarney”, lembrou o deputado.

Ressaltou Carlos Brandão que depois de dois anos de atividades suspensas, a refinaria Premium voltou à mídia recentemente, quando o pré-candidato ao governo do Maranhão pelo PMDB, Edison Lobão Filho, anunciou que serão realizadas novas licitações para continuação das obras.

“Estamos vivendo a expectativa de um novo estelionato eleitoral, com uma nova Pasadena, sendo que bem mais cara”, disse Brandão, questionando Graça Foster sobre como seria viável a continuação da obra se foi a própria presidente da Petrobras quem decretou a paralisação, sob a justificativa de não existirem verbas suficientes.

Graça Foster afirmou que foram refeitos os projetos e que as licitações serão reiniciadas em maio deste ano.

Refinaria Premium I – Com promessas de se tornar a maior refinaria da América Latina, com obras previstas para serem concluídas até 2016, a Premium I teria a produção voltada para combustíveis de alta qualidade. Segundo a Petrobras, em sua primeira fase, a refinaria teria capacidade de processar 300 mil barris/dia.

Depois de concluídas as obras, essa capacidade duplicaria. No entanto, a construção que foi inaugurada em 2010 está paralisada desde 2012, sendo que as obras de terraplanagem e de desmatamento já estão comprometidas pela ação das chuvas e pelo crescimento da vegetação. Recentemente, os governos federal e estadual anunciaram que será iniciado novo processo licitatório para recomeço das obras que haviam sido canceladas pela presidente da Petrobras, Graça Foster, por falta de verba.

Para a terraplanagem da área de instalação da refinaria foi cotado, inicialmente, “e sem qualquer estudo ou planejamento quanto aos reais custos necessários”, segundo Brandão, o valor de R$ 37 milhões. “Ao longo dos anos foram feitas alterações relativas a esse montante. O valor gasto até a paralisação dos trabalhos foi de R$ 1,5 bilhão, ou seja, muito além do previsto no contrato inicial entre a estatal e o consórcio GSF (Queiroz Galvão, Serveng e Fidens)”, concluiu o parlamentar.

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