29
out
2020

Presidente da Frente em defesa do SUS diz que Bolsonaro promove “escárnio” contra o povo brasileiro

As unidades são consideradas a porta de entrada de todos os atendimentos prestados a cerca de 180 milhões de brasileiros.

Presidente da Frente Parlamentar Mista pelo Fortalecimento do Sistema Único da Saúde (SUS), o deputado federal Márcio Jerry (PCdoB-MA) disse nesta quarta-feira (28) que Bolsonaro promove “escárnio” contra o povo brasileiro ao apresentar projeto para sustar o decreto que libera para estudos a inclusão das Unidades Básicas de Saúde no programa de PPI, de investimento privado. Assinada por Jair Bolsonaro (sem partido), a determinação foi encarada como ‘o primeiro passo para promover a privatização da saúde no Brasil’.

Defender o SUS é vital para a saúde de milhões de cidadãos. É um escárnio de Bolsonaro ao povo brasileiro uma norma que abre caminho para privatização dos serviços hoje garantidos pelo SUS. O que o Brasil precisa é de fortalecimento do Sistema, pelo que estamos e seguiremos lutando”, declarou Jerry, atual vice-líder do partido na Câmara.

O decreto toma por base uma resolução do Conselho de PPI de 2019, que determina que a Saúde seja ouvida no processo. No entanto, o trecho foi retirado do documento publicado na terça-feira. Outro fator a causar estranheza a Jerry e outros parlamentares é o fato do decreto não ter sido assinado pelo ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, mas pelo ministro da Economia, Paulo Guedes, e pelo presidente.

Embate na Câmara

Liderando o colegiado recém implantado no Congresso, Márcio Jerry afirmou que a intenção do governo se tornou evidente e que, por isso, também levará à Comissão Mista do Orçamento (CMO) o embate sobre os cortes de cerca de R$ 40 bilhões previstos pelo governo em 2021. A tesourada na saúde impactará diretamente o funcionamento das mais de 40 mil UBSs existentes Brasil. As unidades são consideradas a porta de entrada de todos os atendimentos prestados a cerca de 180 milhões de brasileiros.

No documento protocolado no Parlamento, há ainda a menção ao Conselho Nacional de Saúde (CNS), que criticou a medida por representar uma ameaça à universalidade do atendimento à saúde, prevista na Constituição.

Em meio à pandemia

Em meio à crise sanitária, o deputado ainda ressaltou a gravidade da situação ao repercutir a desativação de 1/3 dos 14.843 leitos de UTI adultos e 249 pediátricos habilitados pelo Ministério da Saúde desde abril para tratar pacientes infectados pelo coronavírus. A Covid-19 já vitimou quase 158 mil pessoas, posicionando o Brasil como o segundo país com o maior número de mortes no mundo e o terceiro em número de contaminados, que chegam a quase 5.5 milhões.

Quando debatemos o fortalecimento do SUS temos como objetivo assegurar que não haja o desmonte de toda a rede incorporada para o tratamento da Covid-19. Segundo o jornal Folha de S. Paulo, já são foram desativados 65% dos leitos abertos desde o início da pandemia”, ressaltou.

Ainda assinam o projeto de decreto legislativo as deputadas Alice Portugal (PCdoB-BA) e Jandira Feghali (PCdoB-RJ).

1 Comentário

  1. Daniel disse:

    Eita que esse bosta do tal de Marcio “rato” Jerry de um jeito ou de outro sempre quer ficar aparecendo na mídia e tendo os seus “15 minutos de fama”, fama esta que todos nós sabemos que não tem, por ser inexpressivo, insignificante, boçal, ignorante, estúpido e……corrupto.
    Ele não está nem um pouco preocupado com a situação do SUS. Trata-se de oportunismo barato e chulo de quem não tem o que fazer e muito menos sabe o que faz em Brasília-DF.

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