O pedido inusitado do Promotor Claudio José Sodré, ocorre apenas seis meses após o condenado começar a cumprir a pena de 10 anos de prisão pelo brutal assassinato do advogado Bruno Matos.

Diego Polary matou Brunno Matos no bairro do Olho D’agua no dia 06 de outubro de 2014; agora, o condenado pode ganhar prisão domiciliar para cursar faculdade: proposta de promotor ignora a lei e revolta sociedade.
No último dia 25 de setembro de 2024, o DJ Diego Henrique Marão Polary, foi apresentado à Polícia Civil do Maranhão e começou a cumprir a pena de 10a nos – considerada muito baixa, pelo brutal assassinato do advogado Brunno Eduardo Matos Soares, de 29 anos, ocorrido no dia 06 de outubro de 2014, quando a vítima e amigos comemoravam a vitória nas urnas do Senador Roberto Rocha no bairro do Olho d’Água em São Luís.
Ocorre que na segunda-feira, dia 07, apenas cinco meses após o DJ começar a cumprir sua pena na Penitenciária de Pedrinhas, um parecer do promotor Cláudio José Sodré, recomenda a concessão de prisão domiciliar com monitoramento eletrônico ao condenado Diego Polary.
O DJ foi sentenciado por homicídio e atualmente cumprindo pena em regime fechado — é estarrecedor e carece de respaldo legal. A legislação brasileira não prevê prisão domiciliar para presos em regime fechado com a justificativa de cursar ensino superior, o que torna a recomendação não apenas questionável, mas um atentado à lógica do sistema penal.
O Promotor acolheu um pedido dos advogados, que acredite, usaram um caso de roubo para pedir a domiciliar, como se fosse um caso “idêntico/análogo.
A justificativa do promotor Cláudio José Sodré beneficiar o condenado DJ Diego Polary é de que ele irá cursar o ensino superior em Ciências Imobiliárias na Universidade Federal do Maranhão – UFMA, medida que segundo o Promotor, irá servir de incentivo à sua ressocialização e continuidade de seus estudos.
“(…) sua matrícula já está confirmada na instituição de ensino superior, o curso tem data de início, e sua rotina carcerária atual revela envolvimento contínuo com ações de ressocialização — todos fatores que minimizam riscos e demonstram a viabilidade da medida pretendida”, defende o Promotor.
– Completo absurdo
Conceder esse tipo de benefício a alguém condenado por um crime tão grave relativiza a gravidade do ato cometido. A vítima, morta brutalmente, jamais terá a oportunidade de retomar sua vida, enquanto o autor do crime é premiado com a chance de frequentar uma universidade federal — como se a brutalidade de seus atos pudesse ser amenizada com um curso superior.
A argumentação de que o preso apresenta “comportamento carcerário exemplar” e merece um “incentivo à ressocialização” ignora um ponto central: o regime fechado foi imposto justamente por conta da gravidade do crime. A progressão de regime e eventuais benefícios devem observar os critérios legais, e não interpretações subjetivas ou benevolentes.
É perigoso e injustificável que, sob o pretexto de garantir o direito à educação, se flexibilize uma pena imposta pela Justiça. O uso de monitoramento eletrônico tampouco garante segurança plena — falhas no sistema já permitiram que criminosos reincidissem ou escapassem do controle.
Permitir que um homicida condenado saia da prisão para estudar em casa, sem amparo na lei, é inverter as prioridades da Justiça: enquanto famílias choram suas perdas e a sociedade clama por segurança, o sistema oferece privilégios àqueles que demonstraram total desprezo pela vida humana.
Essa recomendação, se aceita, abre um precedente absurdo, coloca a população em risco e transmite uma mensagem perigosa: de que mesmo os crimes mais graves podem ser “compensados” com benefícios indevidos. Esse é o tipo de situação que enfraquece a credibilidade da Justiça e alimenta a sensação de impunidade!
O pedido do promotor é um verdadeiro tapa na cara da sociedade e outra tragédia à família e amigos do advogado Bruno Matos, ainda abalados pelo assassinato de forma cruel e a sangue feio praticado pelo DJ Polary.
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