A incoerência continua a reinar na política da família Sarney e seus aliados. O deputado estadual Alexandre Almeida (PSD), por exemplo, surgiu essa semana com um artigo (VEJA) no qual critica duramente a festa de aniversário dos 25 anos da coligação Arrastão da Vitória em Timon, organizada pelo ex-prefeito Chico Leitoa.
O parlamentar inicia o primeiro parágrafo do texto alegando ser “inacreditável em pleno século XXI quando as últimas oligarquias deixaram de existir, em Timon, uma oligarquia regional comemorar 25 anos de poder.”
Alexandre continua suas linhas discorrendo sobre o histórico do que ele classifica de oligarquia Leitoa. “De fato, hoje, são políticos profissionais, pois financeiramente, para viver, dependem de algum cargo público. Embora tenha estudado nos melhores colégios particulares, e não tendo lhe faltado nada, nunca conseguiu concluir um curso superior, como também nunca exerceu alguma atividade profissional. (consequentemente não tem uma profissão).”
O editor do blog do Domingos Costa, por um instante, acreditou que o deputado estivesse falando da filha do maior oligárquico maranhense, a ex-governadora Roseana, filha do ex-senador José Sarney. Afinal, pelo que relata o deputado, as histórias se confundem, né?!?
Alexandre Almeida conta, ainda, que Leitoa é acusado de diversos crimes enquanto ocupou cargos públicos, entretanto, esquece que o grupo o qual ele faz parte também está atolado em desvios que vão desde um bilhão da Saúde do Maranhão, perpassam por milhões do caso Sefaz, e se estendem até os 864 milhões de reais em propina ao “quadrilhão do PMDB”, liderado pelo ex-senador Sarney, este último ainda é alvo de investigação da Lava Jato.
O artigo é amostra do agudo grau de contradição do parlamentar na política estadual. É sabido por cidadão maranhense que a única oligarquia ainda presente na política do País é exatamente o sarneysismo, apoiado por Almeida.
Ah, antes que esqueça, o título do artigo do deputado é um questionamento: “A última oligarquia do Maranhão em festa?”. Diante da pergunta, me sinto na ousadia de respondê-lo: Não, deputado! Existe uma maior ainda que teima em retornar às regalias financiadas com recursos públicos, e curiosamente, Vossa Excelência apoia essa oligarquia.