07
nov
2014

Os desafios de Jefferson Portela

Editorial  – Jornal pequeno

Ao desandar do Sistema de Segurança Pública no Maranhão, no ritmo alucinante que permitiu a constância de guerras fratricidas entre facções criminosas no sistema penitenciário e colocou São Luís entre as cidades mais violentas do mundo, houve momentos de desalento e incredulidade. Movimentos grevistas se sucederam na PM e na Polícia Civil, secretários de segurança renunciaram à competência e até faltou gasolina nas viaturas.

“Não assumo a Secretaria para chorar em cima de problemas, mas para resolvê-los”. Foi o que afirmou o futuro titular da pasta, delegado Jefferson Portela. e é o que propõe o programa defendido durante a campanha pelo governador eleito, Flávio Dino. Mas a crise na segurança do Maranhão é septuagenária e o sistema dá sinais de decrepitude. Sabe o delegado Jefferson Portela, como ele mesmo disse, que é o Maranhão o estado menos policiado do Brasil, também em delegado, peritos, legistas, comissários, escrivães e investigadores. Por incrível que pareça, a segurança pública deixou de ser prioridade de governo, o que permitiu um histórico avanço do crime organizado.

A proposta radiografia do sistema com o fim de recompor as polícias é, de fato, inadiável. E é este um dos grandes desafios da gestão que se inaugura com o fim de substituir o modelo político, que, também por estafa, fracassou.

Talvez que a integração entre os sistemas de inteligência e informação das forças policiais, do Ministério Público, da OAB e do Judiciário não seja tarefa de um dia, mas precisa acontecer, a todo custo, pelo bem do Maranhão.

Reverter as terríveis taxas de homicídios, assaltos, chacinas, garantir policiamento real em cidades do interior guardadas tão-somente por uma polícia viajante que se desloca ao sabor de convocações, concentrar força pública nos bairros mais atingidos pela violência e pelo tráfico exigirão disponibilidade diária do novo governo, da sociedade e das instituições, o que já está sendo convocado por Jefferson Portela.

Nem temos o diagnóstico preciso de como a crise na segurança chegou a esse ponto de convulsão. Mas se o sistema todo precisa ser revisto, há modelos que deram certo em outros estados, como lembrou o próprio Flávio Dino em campanha, que podem ser adotados e cujos primeiros passos foram a valorização e humanização do homem policial.

São conversas primeiras, primeiras análises e avaliações na busca de soluções capazes de sanar uma situação crítica que já se estendeu por tempo demais. Afinal, foi talvez a segurança pública a área mais afetada pela inapetência administrativa que coordenou as últimas ações de Governo no Maranhão. Todo esforço, de todos nós, é imprescindível para construir esse “Pacto pela Vida”. Em nome do bem estar do povo maranhense e em nome da paz.

2 Comentários

  1. Lemos disse:

    Muito estranho que depois da eleição, acabou queima de onibus, fuga de pedrinhas, atentados contra PMS e o terror que era feito nas redes sociais. Muito estranho. .

  2. júnior disse:

    A população não quer desculpas de que o problema é antigo, quer é problema resolvido como prometido na campanha eleitoral.

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