05
jan
2014

O crescimento dos crimes no Maranhão

Por Flávio Dino

Em todas as TVs, jornais, revistas e sites do Brasil está retratado o crescimento da criminalidade no Maranhão. São decapitações, estupros, crianças queimadas vivas, assassinatos.

De onde vem essa “onda repentina” ? Quem está organizando essas quadrilhas ? São perguntas fundamentais diante de quadro tão grave.

EM PRIMEIRO LUGAR, é importante entender que não se trata de uma “onda repentina”. O fato de o Maranhão ter os piores indicadores sociais do Brasil cria as condições para o crescimento de toda espécie de crimes.

Além disso, nesse caso o exemplo vem “de cima”: a subtração cotidiana do dinheiro público pelos poderosos destrói qualquer cultura de respeito à legalidade que possa servir de barreira contra o engajamento de novos agentes no mundo do crime.

EM SEGUNDO LUGAR, vale ressaltar que é FALSA a ideia de que os crimes estão “restritos” ou “nascem” da Penitenciária de Pedrinhas.

Na verdade, os crimes estão nas ruas, acima de tudo. Basta ver o brutal aumento de homicídios em São Luís, ano a ano. Para citar o número mais recente, houve um salto de 635 assassinatos em São Luís no ano de 2012, para mais de 800 em 2013.

Ademais, todos sabem que o consumo de crack e outras drogas aumentou muito em todo o Maranhão. Ora, se aumentou o consumo, aumentou o tráfico, e esta é a principal causa do incremento da criminalidade.

A tomada das ruas pelas organizações criminosas só foi possível por conta do enfraquecimento das Polícias. TEMOS HOJE O MENOR NÚMERO DE POLICIAIS POR HABITANTE DO BRASIL. Essa deficiência se soma a uma crônica falta de equipamentos e negativa de direitos aos policiais e agentes penitenciários.

Esses são fatores que precisam ser enfrentados, com urgência. Para isso é imprescindível que o governo do Estado rompa essa postura de inércia, de desqualificação do Poder Judiciário e de propaganda vazia e desrespeitosa.

Um ótimo começo seria a constituição de um Gabinete de Crise, com a participação de todas as instituições do sistema de Segurança e de Justiça, juntamente com a sociedade civil (por exemplo: Judiciário, Ministério Público, OAB, SMDDH, Defensoria Pública, Polícias estaduais, Polícia Federal, Guarda Municipal, Forças Armadas).

Está claro que o governo do Estado, sozinho, não vai dar conta do problema. Logo, é necessário espírito democrático para articular novos atores para que passos reais sejam dados. Caso contrário, mais crimes bárbaros vão destruir famílias e desmoralizar ainda mais a imagem do Maranhão em âmbito nacional.

1 Comentário

  1. Andróide disse:

    Como candidato ao governo do Maranhão, é obvio que é um discurso bonito. Como mentor je gerenciador do EDH como ele faz com relação aos servicos de saúde de são Luis para cuidador dos usuários, dos servicos para pessoas em situacao de rua que Andrea Weverton acabou?

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