Comissão no Senado aprova relatório que pede impeachment de Dilma
A comissão especial do impeachment do Senado aprovou, na tarde desta sexta-feira (6/5), por 15 x 5 votos, o parecer do relator, senador Antonio Anastasia (PSDB-MG), que recomenda o afastamento da presidente Dilma Rousseff (PT). O relatório deve ser lido na próxima semana no plenário da Casa. A expectativa é de que a peça seja lida na próxima segunda-feira (9/5) e a votação ocorra na próxima quarta-feira (11/5).
“Estamos a cinco dias de um novo Brasil”, Diz Agripino
O senador José Agripino (DEM) disse que o resultado da comissão especial do impeachment, que votou, nesta sexta-feira (6), pelo afastamento da presidente Dilma Rousseff, nada mais é do que uma previsão do que ocorrerá na próxima quarta-feira (11), quando o plenário do Senado apreciará o texto, “os números claramente apontam para o resultado da quarta-feira, com a instalação do governo de emergência que se impõe ao país. Estamos a cinco dias de um novo Brasil”, afirmou.
Condenado, Temer pode ser primeiro presidente ‘ficha-suja’
Segundo o promotor autor da ação contra Temer, como a Constituição prevê dentre as atribuições do vice-presidente a possibilidade de assumir a Presidência em caso de afastamento do titular, a condenação eleitoral do peemedebista não o impede de exercer a função de chefe maior da República. Condenado por crime eleitoral em segunda instância ao pagamento de multa de R$ 80 mil, o vice-presidente da República Michel Temer (PMDB), mesmo podendo ser enquadrado na Lei da Ficha Limpa, pode assumir a Presidência da República em caso de eventual afastamento de Dilma Rousseff e, assim, se tornar o primeiro presidente “ficha-suja” do Brasil.
“Se renuncio, enterro a prova vida de um golpe”, diz Dilma
Em cerimônia de contratação de 25 mil casas do Minha Casa, Minha Vida Entidades, a presidente afirmou ter ‘disposição a resistir’ ao processo de impeachment. Numa agenda acelerada de lançamentos de programas nos prováveis últimos dias de governo, a presidente Dilma Rousseff voltou a defender seu mandato do que chamou de golpe de impeachment e reiterou que não vai renunciar em nenhuma hipótese. “Sempre quiseram que eu renunciasse porque sou muito incômoda, primeiro porque sou a presidente eleita, segundo porque eu não cometi nenhum crime, terceiro porque se eu renuncio eu deixo e enterro a prova viva de um golpe absolutamente sem base legal e que tem por objetivo ferir interesses e conquistas adquiridas ao longo dos últimos 13 anos. Eu tenho a disposição de resistir e resistirei até o último dia”, afirmou.
Placar do Impeachment no Senado

Levantamento feito pelo ‘Estadão’ publica diariamente as intenções declaradas de voto dos senadores em relação à abertura de processo por crime de responsabilidade contra Dilma Rousseff. O placar preliminar mostra 50 votos pelo afastamento da presidente, 20 contra, 5 indecisos, 5 não quiseram responder e 1 ausente.
Perto da votação, popularidade de Dilma é a maior em 1 ano
A poucos dias votação da admissão do pedido de impeachment pelo Senado, o governo da presidente Dilma Rousseff é aprovado por 18,2%, segundo pesquisa da Paraná Pesquisas feita com exclusividade para O Financista . A enquete foi realizada entre 30 de abril e 04 de maio, com 1.204 eleitores com 16 anos ou mais na cidade de São Paulo. O trabalho mostra, ainda que a desaprovação ao governo Dilma é de 77,6%. Outros 4,2% não souberam ou não opinaram. O que chama a atenção é que a aprovação de Dilma é maior que a das duas pesquisas anteriores. Em junho de 2015, 10,4% dos participantes aprovavam a gestão petista; em agosto de 2015, a taxa havia caído para 8,3%. Já desaprovavam a presidente 87,6% em junho e 89,1% em agosto.
Waldir vai seguir com o pedido de impeachment de Temer, afirma aliado de Dilma
Um dos líderes da tropa de choque contra o impeachment da presidente Dilma Rousseff, na Câmara, o deputado Silvio Costa (PTdoB-PE) anunciou nesta sexta-feira que o presidente interino da Câmara, Waldir Maranhão (MA), “jurou de pé junto” em uma conversa com ele honrar a Constituição, dar prosseguimento ao pedido de impeachment do vice-presidente Michel Temer e analisar um parecer do advogado geral da União, José Eduardo Cardozo, no qual lista inconstitucionalidades e pede a anulação da sessão do dia 17 de abril em que foi aprovada a admissibilidade do impeachment da petista.
‘Vocês vão se surpreender comigo’, diz Waldir Maranhão a líderes
Preocupado com a avaliação dos pares de que não teria “condições” para exercer a presidência da Câmara, o deputado Waldir Maranhão (PP-MA) tentou demonstrar otimismo na reunião nesta quinta (5) com alguns líderes partidários e membros da Mesa Diretora da Casa. “Vocês vão se surpreender comigo”, afirmou a eles, segundo relatou à repórter Nathalia Passarinho, do G1, um deputado que participou da reunião. Mas, logo depois, na mesma reunião, o presidente interino da Câmara fez um pedido que gerou risos entre os parlamentares. Maranhão perguntou se seria possível levar adiante uma pauta de votações “leve” para o plenário nas próximas semanas. Os demais deputados explicaram então que, no atual momento de turbulência, não haveria espaço para isso.
Repercussão da denúncia contra Roseana, Ricardo Murad e mais 14…
Mesmo com o impeachment tomando conta da mídia nacional a denúncia aceita pela Justiça do Maranhão contra a ex-senadora e ex-governadora do Maranhão, Roseana Sarney (PMDB); contra o cunhado dela, Ricardo Murad (PMDB); e mais 14 pessoas, repercutiu grandemente na imprensa de todo o país. Os principais sites, jornais e canais de TV’s evidenciaram que todos se tornaram réus de ação proposta pelo MPE (Ministério Público Estadual) em fevereiro denunciando organização criminosa para fraude em licitação e desvio de recursos para construção e reforma de hospitais no Maranhão. Além de possível enriquecimento ilícito, Sarney e aliados teriam recebido doações generosas das empresas vencedoras da licitação em campanhas eleitorais.
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