dez
2020
MORDE E ASSOPRA: Quem possui ‘aliado’ como Weverton não precisa de inimigo…
Medo de perder a Famem, Detran, Sedes e o comando da Câmara de São Luís, faz Weverton buscar reaproximação com o governador Flávio Dino, isso, após traí-lo no segundo turno em São Luís.
Após fazer campanha contra o governador do Maranhão no segundo turno da eleição em São Luís, o senador Weverton Rocha, presidente estadual do PDT, agora – estrategicamente – adota um discurso de paz e amor.
Em entrevista à rádio do sistema de comunicação Difusora, controlado por seus aliados, Weverton disse que a amizade com Flávio Dino é muito maior do que qualquer coisa.
“O grupo liderado pelo vice, Carlos Brandão, quis insuflar algo que não existiu. O governador sabe que pode contar com o PDT. Toda as pautas que o governador me pediu, aqui em Brasília, eu fui atrás para ajudar e dar minha contribuição. Eu tenho certeza que a nossa amizade e a nossa relação política é muito maior do que qualquer coisa”, disse o senador.
Verdade seja dita, o posicionamento de tentar tranquilizar o ambiente político após trair o governador Flávio Dino faz parte de uma tática de Weverton para não perder o espaço no governo estadual e tentar reeleger aliados na FAMEM e na Mesa Diretora da Câmara de São Luís.
No governo do Estado, o senador possui a indicação de Larissa Abdalla Britto no Detran-MA e na Secretaria de Estado de Desenvolvimento Social (Sedes), Márcio Honaiser.
Weverton sabe que se o governador quiser, junto com o deputado federal Josimar de Maranhãozinho e o vice-governador Carlos Brandão, elege o próximo presidente da Câmara de São Luís e aglutina o maior número de prefeitos para ‘tomar’ a direção da FAMEM.
A realidade é que Flávio Dino vislumbrou-se tanto com o cenário político nacional que esqueceu do quintal de casa.
Muito falante, utiliza-se com extremismo da retórica para convencer os mais desatentos.
Em verdade, quem perdeu a eleição não foi Duarte Jr., mas, sim, o governador, que foi traído por muitos de seus “aliados” (enquanto ele tiver no poder).
Flávio Dino esqueceu-se das lições de Maquiavel, das quais tanto faz uso, logo no momento crucial das eleições.
Após a derrota, restou-lhe baixar a bola e, pior, ainda ter que conviver com os “desertores”.
A intelectualidade, por si só, não é suficiente para a sobrevivência na política brasileira, tanto é assim que ele perdeu sua primeira eleição para governador, só vindo a ganhar quando se juntou aos velhos e astuciosos abutres sempre sedentos de poder.
Diante do ocorrido, está amedrontado e acuado, já ensaiando um discurso de convivência harmônica com os inimigos, ignorando, mais uma vez, o conhecimento, pois o que mais a História revela são casos de conspirações, traições e golpes, tudo por conta do poder.
Seu olhar para o gabinete presidencial tem sido a sua maior fraqueza.
Flávio Dino, recolha-se à sua insignificância política!
A lisonja, o autoritarismo e a soberba derrubaram muitos príncipes, quase sempre por meio do método da conspiração, bem parecido com o que ocorreu nessas eleições.
Flávio Dino, ou você muda ou você tomba.
E que venha 2022!
Servidores públicos e bolsonaristas estão ansiosos por isso.
Qual seu conceito de traição?
Trai – no meu entender – quem encana, ilude, ludibria. O senador Weverton em nenhum momento praticou um destes atos, ao contrario foi reto e verdadeiro se posicionando contrario a candidatura de Duarte no segundo turno.
Politica se constrói com parcerias e verdades, jamais com subserviência.