25
nov
2016

Média de queda no governo Temer é de um ministro por mês; Confira nomes e motivos

A saída do ex-ministro da Secretaria de Governo Geddel Vieira Lima foi a sexta baixa no ministério do presidente Michel Temer nos pouco mais de seis meses em que o peemedebista está no poder. Desde maio, deixaram o governo os ex-ministros: Romero Jucá (Planejamento), Fabiano Silveira (Transparência), Henrique Eduardo Alves (Turismo), Fábio Osório (Advocacia Geral da União), Marcelo Calero (Cultura) e Geddel Vieira Lima (Secretaria de Governo).  A média, portanto, é de um por mês!

– Confira o que levou a saída dos ministros de Temer:

Romero Jucá fala em “estancar sangria” da Lava Jato e deixa o governo

Alan Marques/Folhapress

Ex-ministro do Planejamento e atual líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR) foi o primeiro ministro do governo Temer a cair. Ele se licenciou do cargo após a revelação de gravações feitas pelo ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado em que Jucá afirma ser necessário “estancar a sangria” causada pela Lava Jato. Jucá negou que sua fala fosse uma alusão a qualquer tentativa de paralisar as investigações das quais ele também é alvo, mas não resistiu à repercussão causada pelos áudios.

Ex-ministro da Transparência, Fabiano Silveira é flagrado em gravações

CNMP - 25.set.2012/Divulgação

Fabiano Silveira, ex-ministro da Transparência, Fiscalização e Controle, foi o segundo a cair. Ele pediu demissão no dia 30 de maio em meio às repercussões causadas pelas gravações de Machado. Silveira aparece nas gravações dando conselhos ao presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), sobre como se defender das investigações conduzidas pela Lava Jato.

Investigado pela Lava Jato, Henrique Eduardo Alves deixa ministério

O deputado Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN) preside sessão da Câmara dos Deputados para apreciar projetos, entre eles o aumento dos salários dos parlamentares, ministros e presidente da RepúblicaEx-ministro do Turismo e um dos homens mais próximos de Temer no governo, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN) pediu demissão do cargo no 16 de junho. Ele também deixou o governo na esteira das revelações feitas por Machado em seu acordo de delação premiada junto à Lava Jato. Segundo Machado, Alves teria recebido R$ 1,55 milhão em doações eleitorais oriundas de propina paga por empresas investigadas pela Lava Jato.

Ex-AGU se desentende com Casa Civil sobre Lava Jato e é demitido

Pedro Ladeira/FolhapressO ex-advogado-geral da União Fábio Medina Osório foi o quarto ministro a deixar o atual governo. Ele foi demitido pelo presidente Michel Temer no dia 9 de setembro após uma série de discussões com o ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha. Segundo Osório, o motivo das discussões foi um pedido feito por ele ao STF (Supremo Tribunal Federal) para que a AGU (Advocacia Geral da União) tivesse acesso aos inquéritos da Lava Jato referentes a políticos com foro privilegiado. Em entrevista após sua demissão, Osório chegou a dizer que o governo Temer quer “abafar” a Lava Jato.

Marcelo Calero pede demissão e diz ter sofrido pressão de Geddel

Beto Barata/Presidência da RepúblicaO ex-ministro da Cultura Marcelo Calero pediu demissão do cargo no dia 18 de novembro, pouco mais de cinco meses depois de assumir a pasta. Em entrevista, Calero afirmou que pediu demissão após ter sido pressionado pelo então secretário de governo da Presidência da República, Geddel Vieira Lima, para que as obras de um edifício em Salvador no qual o próprio Geddel teria um imóvel fossem liberadas pelo Iphan (Instituto do Patrimônio Histórico Nacional). Geddel assumiu ter conversado com Calero sobre o assunto, mas negou ter feito “pressão” sobre Calero.

Acusado de ter feito pressão sobre ex-ministro, Geddel deixa o governo

Pedro Ladeira/FolhapressTido como uma peça fundamental da articulação política do governo Temer, Geddel Vieira Lima foi o sexto ministro do atual governo a deixar o cargo. Ele foi acusado pelo ex-ministro da Cultura Marcelo Calero de ter feito pressão para que o Iphan aprovasse a construção de um prédio em área nobre de Salvador. Geddel admitiu ter conversado com Calero sobre o assunto e reconheceu ter feito compromisso de compra no empreendimento embargado pelo Iphan, mas negou “pressionado” o ex-ministro da Cultura. As revelações de que parentes de Geddel advogavam em favor do empreendimento alvo de polêmicas colaborou para a queda do agora ex-ministro.

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