04
dez
2015

Mais de 40 auditores fiscais são presos por corrupção na Receita Estadual

A Operação Publicano apura um esquema de corrupção na Receita Estadual do Paraná, estima-se que as 230 empresas investigadas deixaram de pagar R$ 732 milhões para o Estado, Desse total, pouco mais de R$ 200 milhões são referentes à sonegação de impostos e multas.

Esquema desbaratado no estado do Paraná é idêntico ao da quadrilha que atua na Receita do Maranhão.

O Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) está cumpriu 47 mandados de prisão pelo menos em duas cidades: Londrina e Curitiba. A operação deflagrada na manhã de ontem, quinta-feira (3), é mais uma fase da Operação Publicano. Na Capital foram dez mandados de prisão, incluindo um coordenador da Receita Estadual. Desses, sete já foram cumpridos – todos os presos em Curitiba serão encaminhados para Londrina.

De acordo com as investigações, o esquema funcionava da seguinte forma: os auditores fiscais não faziam as fiscalizações corretamente e não autuavam as sonegações. Depois, a quadrilha cobrava propina dos empresários para anular débitos e reduzir, por meio de fraudes, o valor dos impostos.

Dos mandados de prisão, 44 são contra auditores fiscais, sendo 35 envolvidos em outras fases da operação. Além disso, são cumpridos mandados de busca e apreensão em gabinetes da Receita Estadual, em residências e num escritório de advocacia. Foi decretada ainda a quebra de sigilo bancário de 19 pessoas ou empresas.

Entre os mandados de prisão cumpridos estão os do ex-inspetor geral de fiscalização da Receita, Márcio de Albuquerque Lima e da esposa dele, Ana Paula Pelizari, além de Orlando Aranda, fiscal da Receita Estadual suspeito de exploração sexual de menores e de envolvimento no esquema de corrupção investigado pela Publicano.

Mandados de prisão foram cumpridos também em Curitiba (Foto: Edi Carlos/RPC)

Mais de 40 pessoas foram presas na quarta fase da Operação Publicano no Estado do Paraná.

A Operação Publicano, que teve a primeira fase deflagrada em março deste ano, investiga a denúncia de que uma “organização criminosa” formada por auditores fiscais, empresários e contadores atuava para facilitar a sonegação fiscal em troca de propina. As duas primeiras fases da operação resultaram em duas ações penais com mais de 100 denunciados, dentre os quais, 62 auditores.

A Receita Estadual trabalha com três forças-tarefas para revisar as fiscalizações citadas nas ações criminais que já tramitam na Justiça.

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5 Comentários

  1. Gustavo disse:

    Cara, essa prática é comum aqui na nossa receita do estado do maranhão. vc tem razão.

  2. melissa disse:

    O nome do auditor que lidera essa fraude na receita do Maranhão é Fernando Antônio chaves de Melo. Pode investigar e conferir se não estou falando a verdade.

  3. Educardo disse:

    Domingos Costa, eu lembro que vc disse em matarias anteriores que iria relevar a identidades dessas pessoas que atua na receita do Maaranhão. cadê? Estou aguardando…

  4. Tenha calma meu caro Eduardo, vou fazer uma reportagem especial sobre o caso, só não posso deixar o princípio do jornalismo que é investigar e ouvir os dois lados.

  5. Mauricio disse:

    Procure fazer jornalismo de verdade, apesar da internet ser o maior meio de propagação de notícias da atualidade, não se pode publicar notícias levianas e falsas que atingem a honra e dignidade das pessoas. Procure primeiro se informar acerca dos fatos para depois divulga-los. E deixe os comentários para seus leitores.

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