O Governo do Estado inaugurou, na terça-feira (25), a segunda fábrica de vassouras de garrafas pet do Sistema Penitenciário do Maranhão. O empreendimento, desta vez instalado na Unidade Prisional de Ressocialização (UPR) de Itapecuru-Mirim, vai capacitar, inicialmente, 20 internos daquela unidade. A UPR 6, antigo CDP de Pedrinhas, foi o primeiro estabelecimento penal a receber a fábrica, que já está em operação ali há mais de um mês.
Os detentos contemplados com a capacitação na fábrica foram devidamente selecionados pelas supervisões de Assistência Psicossocial e de Trabalho e Renda da Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (Seap) que, junto com o Poder Judiciário levaram em consideração fatores como aptidão ao trabalho, bom comportamento e interesse do apenado em participar da atividade profissionalizante, dentro do ambiente carcerário.
Agora, depois da inauguração, os custodiados passarão por treinamento de uma semana para aprender sobre o processo de produção das vassouras feitas de garrafas pet. A estimativa é que, por dia, sejam confeccionadas algo em torno de 150 vassouras. “Essa é mais uma ação com intuito de capacitar os internos e que, com certeza, contribui para eliminar a ociosidade no cárcere e reforça a humanização no sistema prisional”, disse o diretor da UPR, Jorge Henrique Viegas.
Produção
O método de produção das vassouras é simples. Tudo tem início com a limpeza a base de água e sabão das garrafas pet. Depois disso, a garrafa é levada para uma máquina onde é feito um corte no fundo da mesma. A parte cortada é reaproveitada no artesanato. Já o outro pedaço é levado para fazer a filetagem (cortes em fios). Os outros processos são a prensa para fabricação manual da vassoura e a guilhotina para aparar as cerdas.
Além disso, as cerdas são levadas ao forno para serem tratadas. Em seguida, basta ajustar as cerdas na base e grampear, aparar as cerdas, cortando as pontas desiguais e colocar o cabo da vassoura. “É incrível a durabilidade desse tipo de vassoura. Com o mesmo zelo que se tem com uma vassoura comum, esta, porém, se mantém em condições de uso por, no mínimo, três anos”, afirmou a secretária adjunta de Atendimento e Humanização Penitenciária da Seap, Odaiza Gadelha.
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