Governador do Maranhão disse que não é brigando com outros países que o Brasil vai pôr fim à crise na Amazônia; pregar o ódio contra as ONGs e usar o extremismo vai prejudicar os produtores nacionais, afirmou Dino.
O governador do Maranhão, Flavio Dino, criticou nesta terça-feira (27) em reunião com Jair Bolsonaro a postura do presidente em relação as queimadas e ao desmatamento na Amazônia. Dino pregou moderação e condenou extremismos, o que considerou prejudicial.
“Nós não precisamos rasgar a Constituição. A Constituição Federal tem enorme qualidade e enormes virtudes. Ela tem um texto equilibrado, como devem ser as ações em um país complexo como o Brasil. [No artigo 225] Está definido, por exemplo, que a Amazônia é um patrimônio nacional. Então precisamos claro proteger tal soberania nacional, e para tanto precisamos exercê-la. A soberania nacional não se afirma retoricamente, se afirma mediante cumprimento de deveres. Não é uma fraseologia, um slogan, é uma obrigação que devemos cumprir.”
Dino comentou, também, as declarações de Bolsonaro sobre a atuação das ONGs nas queimadas.
“Precisamos buscar um processo de cooperação que junte outros países, também organismos privados — eu não sou daqueles que satanizam, demonizam ONGs. Eu acho que isso é um equívoco. Nós precisamos separar, como diz a Bíblia, o joio do trigo. Precisa se distinguir entidades da maior seriedade que atuam no Brasil há décadas.”
A propósito, a reunião nesta manhã com governadores de estados da Amazônia para discutir ações de combate às queimadas na região teve presença de todos os Amazônia Legal, composta por nove estados: Acre, Amapá, Amazonas, Pará, Rondônia, Roraima, Tocantins, Mato Grosso e Maranhão.
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