Neste sábado (4), em entrevista exclusiva para o programa Resenha, da TV Difusora, o governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB), derrubou notícia falsa que circulou ontem sobre suposto “aumento salarial para presos” no estado.
A fake news foi criada a partir de uma imagem de 2016, em que detentos aparecem segurando o Cartão Reintegração e Cidadania. O cartão foi a medida encontrada pelo governo maranhense para pagar os detentos que trabalham dentro do presídio, e evitar que circule dinheiro nas cadeias.
“Infelizmente a Internet é uma invenção que tem coisas positivas e tem pessoas que usam para o mal, para o crime. Isso nunca existiu”, lamentou Dino.
Pela lei, todo preso que trabalha recebe três quartos do salário mínimo. A lei determina que, do total dos rendimentos, 60% vão para os familiares (por meio do cartão); 25% vão para uma conta judicial para que o preso resgate ao final da pena; e 15% retornem ao Estado. Só com o serviço dos presos na produção de blocos de cimento para pavimentar ruas, por exemplo, o governo chega a economiza mais de R$ 1 milhão por ano.
Dino acredita que há interesse político por trás da notícia falsa. Ele condenou esse tipo de ataque e assegurou que “enquanto for governador Pedrinhas não voltará ao passado”. Em 2014 a penitenciária ganhou o noticiário internacional pelas cenas de barbárie medieval, que incluiu a decapitação de vários detentos.
“Essa extrema direita que está aí me critica por cumprir a lei de execuções penais. O preso tem direito a 2/3 do valor do salário mínimo e esse dinheiro é repassado para as famílias. Naquela foto, os presos estão recebendo dinheiro pelo trabalho na produção de blocos de cimento. O evento era alusivo ao fato das penitenciárias terem saído do cenário onde se cortavam cabeças. É isso que eles querem? Antes do nosso governo tinha toque de recolher. Era esse o clima no Maranhão. Enquanto eu for governador, Pedrinhas não voltará ao passado”, assegurou.
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