jul
2017
Filho do prefeito de Grajaú acumula cargo no Ibama e secretaria na gestão do pai
Ricardo Arruda é o principal auxiliar do pai na prefeitura grajauense e tem recebido remuneração normalmente do governo Federal.
O analista ambiental Ricardo José Sá Fortes de Arruda, lotado na Superintendência do IBAMA (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis), no Maranhão, acumula irregularmente o cargo de Secretário de Administração e Planejamento do município de Grajaú, onde o pai, Mercial Lima de Arruda (PMDB) é o prefeito.
De acordo com informações contantes no Portal de Transparência do governo Federal, Ricardo Arruda deveria prestar jornada de trabalho de 40 horas semanais no Ibama, entretanto, o filho do prefeito dedica-se integralmente à gestão do pai, que aliás, vai de mal a pior.
Ainda segundo o Portal da Transparência, Ricardo recebe mensalmente remuneração básica de pouco mais de R$ 8 mil, acrescida de verbas indenizatórias menos as deduções obrigatórias, e incluindo as gordas gratificações, o salário pode chegar a valores de dois dígitos.
O Ibama no Maranhão é subordinado ao Ministério do Meio Ambiente, comandado pelo deputado federal licenciado Sarney Filho (PV), aliado do prefeito Mercial.
No mês de maio deste ano, o Governo Federal confirma que Arruda recebeu salário normalmente (confira abaixo), mesmo acumulando a função de secretário na Prefeitura de Grajaú.
Ricardo foi anunciado no dia 09 de janeiro de 2017 como secretário municipal, de acordo com o site da prefeitura (VEJA). Três meses após, mostrou que possui muito prestígio na gestão do pai e representou o prefeito em Brasília, onde reuniu com deputados federais e senadores em busca de emendas parlamentares (CONFIRA).
Soma-se ao salário de Ricardo Arruda no Ibama, a remuneração como secretário que é de pouco mais de R$ 5 mil. Não atoa, o filho do prefeito faz questão de ‘ostentar’ nas redes sociais e em viagens fora do Estado, além é claro, das festas de arromba.
O blog tentou contato com o “secretário/analista ambiental”, mas sem sucesso.
Como Funcionário Publico Federal ele poderia sim receber a remuneração base (sem cargo em comissão) pelo órgão de origem e o subsídio do cargo em comissão de Secretário Municipal, desde que oficialmente cedido.