jun
2018
Dep. Aluísio Mendes gasta R$ 23,8 mil com aluguel de máquina de café da Odebrecht

Aluísio está entre os que mais gastam com aluguel de máquina de café na Câmara Federal…
Um cafezinho, por favor! Essa é uma das frases que o brasileiro mais repete ao longo do dia. A segunda bebida mais consumida do país – atrás apenas da água – é também uma das paixões dos parlamentares. Em particular, para um grupo de 68 deputados mais exigentes na hora de consumi-la.
Insatisfeitos com a qualidade da mistura de pó e água servida nas comissões, no plenário e nos gabinetes dos demais colegas, eles torram dinheiro público para alugar as tradicionais máquinas de café expresso. O deputado federal Aluísio Mendes (Podemos-MA) está entre os que mais gastam com aluguel de máquina de café.
De acordo com o edital da compra, os grãos torrados são de primeira qualidade. A empresa vencedora foi a Odebrecht Café. Apesar do nome, a marca não faz parte do grupo envolvido na Operação Lava Jato. Pertence a outro ramo da família.
Aluísio Mendes, deputado ligado à família Sarney, não dispensa um café expresso. Ele já gastou R$ 23,8 mil com o aluguel da máquina desde o início da legislatura. Valor devidamente reembolsado pela Câmara. O maranhense não retornou o contato da reportagem do Congresso em Foco.
Quem também não abre mão de um expresso é o deputado Nilton Capixaba (PTB-RO). O petebista é o que paga o aluguel mais caro entre os 71 parlamentares. São R$ 977 por mês com a maquininha que serve, de acordo com o fabricante, oito tipos de bebida. Outros colegas dele alugam por menos de R$ 600.
E MAIS…
Desde o início da atual legislatura, em fevereiro de 2015, lá se foram R$ 600 mil com o aluguel dessas maquininhas que, além do cafezinho, entregam outras delícias, como cappuccino, mocaccino e chocolate quente. O valor sai da cota para o exercício da atividade parlamentar, uma verba pública destinada a cobrir gastos atribuídos pelos congressistas ao mandato, como aluguel de escritório político, passagens aéreas, locação de veículos e despesas com combustíveis. A prática não é ilegal. A brecha está associada ao uso da cota para a manutenção do gabinete. O valor equivale ao consumo de 48 toneladas de pó quando comparado com o que toda a Câmara gastará apenas este ano com a compra de 53,5 toneladas de café. Com essa quantia, é possível satisfazer a vontade dos 16 mil funcionários, jornalistas e os milhares de visitantes da Casa. Todos têm direito a beber sem desembolsar nada.
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