03
out
2023

CASO NENZIN: Tribunal de Justiça manda levar a Júri Popular “o Vaqueiro Luzivan”

O juiz de Barra do Corda, em 2018, Iran Kurban, pronunciou apenas Júnior do Nenzin ao júri popular. O MP recorreu da decisão e o TJ/MA mandou colocar "o vaqueiro Luzivan".

O juiz de Barra do Corda, em 2018, Iran Kurban, pronunciou apenas Júnior do Nenzin ao júri popular. O MP recorreu da decisão e o TJ/MA mandou colocar “o vaqueiro Luzivan”.

Neste próxima segunda-feira, 9 de outubro de 2023, a Justiça do Maranhão levará ao banco dos réus Manoel Mariano de Sousa Filho (o Júnior do Nenzin). Ele é acusado pelo Ministério Público na participação da morte do próprio pai, Manoel Mariano de Sousa (o ex-prefeito Nenzin), de Barra do Corda.

O crime ocorreu na manhã do dia 6 de dezembro de 2017. O ex-prefeito foi morto com um tiro no pescoço. Nenzin governou Barra do Corda por três vezes. Ele era pai do atual prefeito da cidade, Rigo Teles.

Ocorre, que o júri popular de Júnior do Nenzin em São Luís poderá ser adiado nesta segunda-feira, 9 de outubro de 2023. Por um motivo;

O Ministério Público ganhou no Tribunal de Justiça um recurso, em que pedia a ida do Vaqueiro Luzivan a júri popular no caso da morte do ex-prefeito Nenzin. O Ministério Público acredita que o vaqueiro participou do crime juntamente o Júnior do Nenzin.

No último dia 29 de setembro de 2023, a promotora de justiça de Barra do Corda, Dra Paula Gama Cortez Ramos, entrou com uma petição no Tribunal de Justiça em São Luis pedindo que o julgamento do Vaqueiro Luzivan não seja realizado em Barra do Corda, e sim em São Luís.

A promotora alega que o ex-prefeito Nenzin era um político de grande nome no Maranhão. “O elevado status político-social da vítima e torpeza do motivo que animou o homicídio geraram incomum reprovação social e ódio intenso contra os reús”, disse a promotora.

Paula Gama afirma ainda que compareceram ao velório do ex-prefeito Nenzin, comprovando a liderança política que ele tinha no Maranhão, polítcos com destaque no estado. “A vítima Manoel Mariano de Sousa, eleito vereador nos anos 90. Em 1996 elegeu-se prefeito, cumprindo mandato de quatro anos, e posteriormente reeleito para mais dois mandatos. Assim, firmou-se como grande liderança popular no Estado do Maranhão. Por isso, compareceram ao seu velório as personalidades mais destacadas, entre as quais, o deputado Otelino Neto, Rafael Leitoa, representando o governo do Estado, a ex-governadora Roseana Sarney e o ministro do meio ambiente Sarney Filho”, destacou a promotora.

Com tais argumentos, a promotora de Justiça alega que o julgamento ocorrendo em Barra do Corda, traria riscos. “Assim, o julgamento do crime neste município atrairia o interesse e curiosidade de toda a população local e da região, alem de fortes manifestações passionais e inflamadas da população”, disse a promotora.

E ela completa dizendo; “Dessa forma, o convencimento dos jurados não seria estabelecido de forma livre e consciente, o que afastaria completamente a lisura do veredicto a ser prolatado”.

“Diante o exposto, o Ministério Público do Estado do Maranhão, para garantia da ordem pública e imparcialidade do júri, requer, após as informações do digno juiz o quo e oitiva da defesa, seja o desaforamento do julgamento dos autos da Comarca de Barra do Corda”, concluiu a promotora.

Caso o pedido seja aceito pelo Tribunal de Justiça, assim como ocorreu no caso de Júnior do Nenzin, os dois serão julgados, possivelmente, na mesma sessão do júri popular na capital São Luís ainda no mês de novembro/2023.

Se condenados, as penas somandas poderão beirar 80 anos de prisão a Júnior do Nenzin e Vaqueiro Luzivan Rodrigues.

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