Em alto nível e um dos melhores quadros da política do país, não existe sentido algum cogitar Flávio Dino para o Supremo Tribunal Federal.

Flávio ainda tem um futuro brilhante pela frente e, é um dos nomes com grande potencial para o pós-Lula.

Nos últimos dias, diversos sites nacionais e também locais, cogitam uma infundada sinalização do presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao nome de Flávio Dino, ministro da Justiça e Segurança Pública (MJSP), para a vaga da ministra Rosa Weber no Supremo Tribunal Federal (STF). Ela se aposenta no próximo mês, outubro de 2023.

Ocorre que as tentativas de algumas forças ocultas de sacar Dino do MJSP não passam de meras especulações, potencializada, sobretudo, por bolsonaristas. É bem verdade que também existe “fogo amigo” nesse meio, mas quem o conhece, sabe que o ministro nunca quis ser unanimidade por onde passou.

Lula não tem motivos para tirar o seu mais destacado ministro da posição que desempenha com muita maestria. O maior prejudicado com a saída de Dino, se lunaticamente viesse acontecer, seria exatamente o governo Lula.

E para além de, eventualmente, deixar de ser ministro, Flávio Dino é senador da República e tem mandato garantido pelos próximos oito anos. Portanto, qual o sentido renunciar um dos mandatos mais cobiçados da política brasileira?!

Isso sem contar que Dino, poderá, já na próxima eleição – se quiser – voltar ao comando do governo do Maranhão, onde foi eleito e reeleito pelo povo maranhense; deixou o governo com alta aprovação popular, tanto, que elegeu seu sucessor ainda no primeiro turno.

Indiscutivelmente, Flávio Dino é um homem público de alto nível e dos melhores quadros da política do brasileira, aliás, o único que teve a capacidade de passar pelo judiciário – onde foi Juiz Federal por 12 anos [1994 até 2006]; pelo legislativo – Deputado Federal pelo Maranhão e Executivo como governador; agora é Senador e Ministro.

Então, qual o sentido cogitar Flávio Dino para o STF e perdê-lo tão precocemente?

Talvez, na próxima década, um dia, quem sabe, Dino até possa ir para o Supremo Tribunal Federal, mas agora não tem nenhuma lógica.

Flávio ainda tem um futuro brilhante pela frente e, é um dos nomes com grande potencial para o pós-Lula.

Dino é desapegado à luxuria e coisas materiais. Aliás, uma figura pública que renunciou ao cargo vitalício de Juiz Federal para concorrer à uma arriscada eleição de deputado federal em 2006, não pode ser subestimado.

Um homem que derrotou a maior oligarquia política do Brasil, se reelegeu em primeiro turno, depois elegeu o sucessor e se tornou o político mais votado da história de seu estado, não pode ser “aposentado” precocemente no STF.