Política

Ministro do Meio Ambiente teria recebido parte de dinheiro destinado ao pai. Ex-presidente da Transpetro detalhou à Lava Jato pagamentos a 20 políticos.

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Sarney Filho é acusado de receber R$ 400 mil do esquema de propina da Transpetro.

Uma tabela que consta da delação premiada do ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado, que teve o sigilo derrubado nesta quarta-feira (15), fala em pagamento de R$ 400 mil de dinheiro de propina ao atual ministro do Meio Ambiente, Sarney Filho.

O G1 procurou a assessoria de Sarney Filho e aguardava resposta até a publicação desta reportagem. Machado firmou acordo de colaboração com o Ministério Público Federal, no âmbito da Operação Lava Jato. A delação, de 400 páginas, foi homologada pelo ministro Teori Zavascki, do Supremo Tribunal Federal (STF).

Aos investigadores, Machado diz que pagou propina a 20 políticos de seis partidos. Indicado para a Transpetro pelo PMDB, ele contou ter repassado R$ 100 milhões ao partido, dos quais R$ 18,5 milhões teriam sido pagos ao ex-presidente da República e ex-senador José Sarney (PMDB), pai de Sarney Filho.

No termo de delação que trata da propina a José Sarney, há uma tabela que discrimina esses repasses e que aponta que, dos R$ 18,5 milhões, R$ 400 mil teriam sido repassados, em 2010, ao atual ministro do Meio Ambiente, em forma de doação oficial a campanha. O dinheiro, porém, é proveniente, segundo Machado, de propina de contratos daTranspetro com empresas como a Camargo Corrêa e Queiroz Galvão.

O G1 entrou em contato com a assessoria de imprensa do Ministério do Meio Ambiente, mas não obteve retorno até a última atualização desta reportagem.

Procurado por José Sarney
Não há detalhes, na delação, sobre como esse dinheiro foi negociado e se Sarney Filhoparticipou das tratativas. Na delação, Machado afirma que foi procurado por José Sarney em 2006.

No encontro, o ex-senador  teria relatado “dificuldades em manter sua base política no Amapá e Maranhão, e pediu ajuda”. O primeiro repasse, conforme Machado, foi de R$ 500 mil em espécie. A partir de 2008, os pagamentos passaram a ser anuais.

Do total de R$ 18,5 milhões, R$ 2,25 milhões foram pagos por meio de doação oficial pelas empresas Camargo Corrêa e Queiroz Galvão. É desse montante que saíram os R$ 400 mil a Sarney Filho. O restante, R$ 16,25 milhões, foi entregue em dinheiro vivo a José Sarney, ao longo de oito anos, segundo Machado.

Responsável pela defesa de José Sarney, o advogado criminalista Antonio Carlos de Almeida Castro, o Kakay, afirmou que ele nega “peremptoriamente” ter recebido qualquer valor, “a qualquer titulo”, de Sérgio Machado.

A Queiroz Galvão informou que não comenta investigações em andamento e que as doações eleitorais obedecem à legislação. A Camargo Corrêa disse com a justiça por meio de um acordo de leniência.

A Transpetro informou que analisa o conteúdo das delações de Sérgio Machado e de seus filhos, que é “vítima da prática de delitos” e que, como tal, será beneficiada pela multa a ser paga pelo delator. A empresa ressalta ainda que “atua em conjunto com a Petrobras e colabora com os Órgãos Externos de Controle, Ministério Público e Poder Judiciário”.

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Empresário Ilson Mateus e Luis Fernando Silva: Amizade se fortaleceu durante o governo Roseana Sarney…

O nome do ex-peemedebista braço direito da família Sarney, Luis Fernando Silva [ex-secretário da Casa Civil e de Infraestrutura do governo Roseana], aparece pelo menos quatro vezes no depoimento do delator Luiz Carlos Martins, ligado à empreiteira Camargo Corrêa, que afirmou à Polícia federal o pagamento em propina de R$ 1 milhão ao senador Edison Lobão (PMDB-MA), intermediado pelo hoje tucano pré-candidato a prefeito de São José de Ribamar.

O executivo prestou novas declarações à Polícia Federal, em Brasília, no fim de março, e reiterou tudo o que disse em sua delação premiada sobre as propinas nas obras da Usina de Belo Monte. Segundo o delator, a propina teria supostamente chegado ao Maranhão por intermédio de Luis Fernando, via lavagem de dinheiro através do empresário Ilson Mateus, dono do Mateus Supermercados, amigo do ex-prefeito da cidade Balneária.

Ainda de acordo com o documento divulgado pelo O Estado de São Paulo, a justificativa seria a compra de R$ 1 milhão em suco de fruta para maquiar propina. Luis Fernando, porém, nega as acusações e disse em nota que não conhece a pessoa que cita seu nome.

Abaixo o blog destacou no depoimento de Luiz Carlos Martins, ligado à empreiteira Camargo Corrêa, as quatros vezes que Luis Fernando foi citado na delação, confira:

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LEIA TAMBÉM:

– Lava Jato: Luis Fernando mediou R$ 1 milhão em propina para Lobão via Ilson Mateus

– Luis Fernando Silva emite nota e se contradiz sobre propina de R$ 1 milhão

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Fábio Machado Ferraz, de 43 anos, dono do Sucutão Brasil, foi preso por desmanche de carro roubado; horas depois colocado em liberdade.

Já saiu da cadeia o empresário Fábio Machado Ferraz, preso em flagrante ontem (15) sob suspeita de manter em seu estabelecimento um desmanche de veículos.

A decisão é da juíza Ana Célia Santana, da 5ª Vara Criminal, respondendo pelo plantão criminal, ela concedeu alvará de soltura sob a alegação de não haver motivo para que o acusado permanecesse na cadeia, vez que ele não oferece risco à ordem pública, razão pela qual ordenou sua liberação.

A prisão foi efetuada por uma equipe da Superintendência Estadual de Investigações Criminais (Seic), que comprovou denúncia feita momentos antes por um cliente do sucatão. Dizendo-se vítima de assalto no dia 5 deste mês, ele contou que flagrou o seu veículo cortado e com as peças separadas nos fundos do estabelecimento, localizado no bairro Anil.

Maior empresa do ramo de sucatas de automóveis em operação na capital , o Sucatão Brasil teve uma das suas filiais, localizada na Avenida Casemiro Júnior, no bairro Anil, fechada ontem pela polícia por suspeita de ser um desmanche.

Detido, o proprietário negou o crime, mas no estabelecimento foram encontrados pelo menos dois veículos com registro de roubo completamente desmontados e centenas de peças com chassi raspado

Um dos carros com registro de roubo flagrados pela Seic nos fundos do Sucatão Brasil, no Anil

Um dos carros com registro de roubo flagrados pela Seic nos fundos do Sucatão Brasil, no Anil

Ao analisar as circunstâncias da prisão, a magistrada afirmou que a detenção foi fundamentada. Confira abaixo a íntegra da decisão da juíza:

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“Em Brasília, bom papo com os amigos André Fufuca, Ildon Marques Imperatriz na pauta. Avante!!”, postou o Senador pelas redes sociais.

Como o blog antecipou em primeira mão na última quinta-feira(09), “André Fufuca cederá vaga na Câmara para Ildon Marques ganhar foro privilegiado“. A especulação deverá ser concretizada a qualquer momento, é que na noite de ontem (15), uma reunião em um bar da capital federal definiu os últimos ajustes do acordo político.

Como adiantei no post anterior, a articulação partiu do senador Roberto Rocha (PSB), que convenceu o deputado Fufuquinha(PP) deixar Brasília para livrar o ex-prefeito de Imperatriz das garras da justiça comum.

Na Câmara, Ildon possuirá foro privilegiado, de forma que só poderá receber condenação na justiça no âmbito do Supremo Tribunal Federal (STF). Com isso, os aliados de Marques acreditam que podem reverter sua situação de inelegibilidade, vez que possui condenação no Tribunal de Contas da União (TCU), onde aparece na extensa lista de gestores com contas julgadas irregulares.

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O parlamentar e o prefeito obtiveram a garantia de que, em breve, o Governo do Estado liberará recursos de convênio.

O deputado Glalbert Cutrim e o prefeito Gil Cutrim, ambos do PDT, conseguiram esta semana novos benefícios para a população do município de São José de Ribamar.

Em reunião de trabalho com o secretário estadual Neto Evangelista (Desenvolvimento Social), o parlamentar e o prefeito obtiveram a garantia de que, em breve, o Governo do Estado liberará recursos de convênio, firmado entre o município e a administração estadual passada, para implantação de novos sistemas de abastecimento de água na cidade.

Os recursos beneficiarão ribamarenses de várias localidades – Vila Alonso Costa, Residencial Olímpio, Trizidela da Maioba, São Paulo, Jussatuba, dentre outras – com novos sistemas e retomada de obras que haviam sido paralisadas devido ao fato do dinheiro do convênio não ter sido liberado pelo estado à época.

“Agradeço o governador Flávio Dino e o secretário Neto. Esses novos benefícios irão contribuir com a melhoria da qualidade de vida de milhares de ribamarenses, que terão água de qualidade em suas residências”, afirmou Gil Cutrim.

Glalbert Cutrim também destacou a retomada da parceria entre estado e município. De acordo com ele, somente unindo forças será possível levar para a população maranhense as ações e serviços públicos necessários.

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Lobão, amigo do ex-peemedebista Luis Fernando, recebia a maior parte das propinas.

O ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado afirmou em seu acordo de delação premiada que foi pressionado a pagar a “maior propina do PMDB” ao então ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, hoje senador pelo PMDB do Maranhão. Segundo Machado, a exigência foi feita por Lobão por causa da condição de ministro e porque a Transpetro estava vinculada ao ministério que ele comandava.

O acordo de delação premiada, que pode reduzir eventuais penas de Machado, em caso de condenação, foi homologado pelo ministro Teori Zavascki, relator da Lava Jato no Supremo Tribunal Federal (STF). A íntegra dos depoimentos, que somam 400 páginas, foi tornada pública no inicio da tarde desta quarta-feira (15).

O ex-presidente da Transpetro afirmou a investigadores da Operação Lava Jato ter repassado propina a mais de 20 políticos de 6 partidos.

Em relação a Edison Lobão, Machado afirmou que, “na qualidade de Ministro, [Lobão] queria receber a maior propina mensal paga aos membros do PMDB”. “O depoente disse que iria estudar as possibilidades e que voltaria a encontrá-lo em breve para fixar os valores”, disse.

Responsável pela defesa de Lobão, o advogado criminalista Antonio Carlos de Almeida Castro, o Kakay, afirmou que o senador nega “peremptoriamente” ter recebido qualquer valor, “a qualquer titulo”, de Sérgio Machado.

Pedido de R$ 500 mil por mês

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Segundo o delator, Lobão pediu R$ 500 mil por mês, mas Machado disse que só tinha condições de pagar R$ 300 mil. O ex-ministro orientou, segundo o delator, a forma, o local e o destinatário do dinheiro desviado de contratos da Transpetro.

“Que Lobão disse ao depoente que queria receber esse recurso em dinheiro e no Rio de Janeiro, frisando que só poderia ser no Rio de Janeiro e que o elo era seu filho, Márcio Lobão”, diz trecho da delação.

Ao todo, segundo o delator, o ex-ministro Edison Lobão recebeu R$ 24 milhões em propina, dos quais R$ 2,7 milhões foram pagos por meio de doações oficiais da Camargo Corrêa e da Queiroz Galvão em 2010 e em 2012.

Machado também disse que as doações, em geral, eram feitas para o diretório nacional do PMDB, e não para o candidato, ou ao diretório do partido no Maranhão, mas sempre “carimbadas”, ou seja, destinadas a Lobão.

Procurada, a Queiroz Galvão informou que não comenta investigações em andamento e disse que todas as doações eleitorais que fez “obedecem à Legislação”. A Camargo Corrêa disse que “colabora com a justiça por meio de um acordo de leniência”.

A Transpetro informou que analisa o conteúdo das delações de Sérgio Machado e de seus filhos, que é “vítima da prática de delitos” e que, como tal, será beneficiada pela multa a ser paga pelo delator. A empresa ressalta ainda que “atua em conjunto com a Petrobras e colabora com os Órgãos Externos de Controle, Ministério Público e Poder Judiciário”.

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Funcionário da Camargo Correia veio ao Maranhão para se certificar do suposto vínculo entre Luiz Fernando Silva e o então ministro Lobão.

Após a enxurrada de publicações sobre a matéria ‘bomba’ do Jornal O Estado de São Paulo que acusa o ex-secretário da Casa Civil e de Infraestrutura do governo Roseana Sarney, Luis Fernando Silva, de ter intermediado entrega de propina no valor de R$ 1 milhão ao senador Edison Lobão (PMDB-MA) via o empresário Ilson Mateus, o ex-prefeito de São José de Ribamar decidiu se pronunciar.

No afã de justificar o injustificável, o pré-candidato a prefeito da cidade balneária alega não conhecer o engenheiro Luiz Carlos Martins ligado à Camargo Corrêa e delator da Operação Lava Jato.

Entretanto, no último parágrafo da nota de esclarecimento distribuída à imprensa, Luis Fernando se contradiz ao expor que o delator/operador de propinas nas obras da Usina de Belo Monte, tenta macular a sua honra com a intenção única de caluniar e difamar.

Ora, como uma pessoa que não conhece a outra tenta caluniá-la e difamá-la?

Se de fato, Luis Fernando não conhece o delator da Camargo Corrêa, como diz, o que leva afirmar que Luiz Carlos Martins busca macular sua imagem?

Abaixo confira a íntegra da Nota de Esclarecimento do ex-membro da cúpula do PMDB maranhense.

Em respeito à opinião pública e com relação ao conteúdo divulgado, venho apresentar a seguinte manifestação:

1 – Repudio veementemente a citação do meu nome em matérias relacionadas às atuais investigações envolvendo personagens da política nacional;

2 – Afirmo o meu desconhecimento em relação aos fatos e à própria pessoa do declarante que citou o meu nome.

3 – E, por fim, a minha vida pública tem sido pautada nos princípios da legalidade, moralidade e ética, razão pela qual desafio quem quer que seja a provar qualquer fato ou ato que desabone a minha conduta.

Se necessário, recorrerei aos meios judiciais para repelir e responsabilizar todos quantos tentarem macular a minha honra, posto que se assim o fizerem será exclusivamente sem fundamento e com a intenção única de me caluniar e me difamar.

Luis Fernando Silva
São José de Ribamar, 15 de Junho de 2016.

LEIA TAMBÉM:

– Lava Jato: Luis Fernando mediou envio de R$ 1 milhão em propina para Lobão via Ilson Mateus

Gildásio de Poção de Pedras Hildo Rocha

Gildásio contabiliza traições e puladas de galhos na política de Poção de Pedras…

O ex-prefeito de Poção de Pedras, Gildásio Angelo, está atacando todos  os políticos que encontra pela frente. Sem rumo, o oposicionista está cego pela ganância de retornar ao comando dos cofres poção-pedrenses.

Acontece que Gildasio tem histórico marcado por traições, o que afasta a confiança popular. O político coleciona ‘puladas de galhos’ e não possui posição definida, o que diz no almoço não sustenta até o jantar.

Traições

Durante o período pré-eleitoral de 2014, Gildásio anunciou que iria apoiar o deputado estadual Stênio Resende, que muito o ajudou destinando recursos para o município quando ele era o gestor local.

Meses após, fechou compromisso com o então pré-candidato Glalbert Cutrim, mas acabou não honrando, sabe-se lá por quais motivos. Então, no final acabou por apoiar César Pires.

Agora, diz aos aliados próximos que não vota mais com Pires, segundo conta, o parlamentar o abandonou além de ser fraco de recurso.

Namoro

Para não perder o costume, o ex-prefeito decidiu flertar com o ex-deputado estadual Raimundo Louro e seu filho Vinicius, atual membro do parlamento maranhense. Inclusive, nesta quarta-feira(15) esteve na Assembleia Legislativa fazendo “juras de amor” e prometendo “mundos e fundos” aos Louros.

Promessa de vice

O pré-candidato também prometeu a vaga de vice-prefeito na sua chapa pelo menos a cinco interessados: Pinto Catingueiro, Rodrigo Freitas, Adevandra, Adailza além do vereador Joaquim Filho; para todos a mesma conversa fiada de sempre.

Problemas no TCE

Gildásio ainda enfrenta problemas no Tribunal de Contas Estado (TCE), assim que sua prestação de contas de gestão for colocada para apreciação do plenário, diante dos rombos financeiros constantes, sem sombra de dúvida, o pré-candidato deverá tornar-se mais um desses políticos ficha sujas.

Mais esse é outro assunto de outras postagens…

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Propriedade pertence aos herdeiros do ex-prefeito Victor Dias Trovão, pai da atual prefeita Tereza Murad e esposa de Ricardo Murad,

Uma decisão da 1ª Vara de Coroatá determinou o embargo das atividades relativas ao Loteamento Residencial Morada do Rio Itapecuru, até efetiva aprovação do empreendimento na forma da Lei nº 6.766/79 e, em conformidade com a Lei Municipal nº 357/2010, proibindo qualquer parcelamento ou mesmo edificação no local, bem como a proibição dos loteadores (empresa e pessoas físicas dos sócios), enquanto não houver a elaboração do Projeto de Arruamento e Projeto de Loteamento, na conformidade com as leis citadas e sua aprovação pelo Município e, ainda, o necessário registro junto ao cartório de imóveis desta cidade.

Os réus nessa ação são o Município de Coroatá e a empresa Morada do Rio Itapecuru Empreendimentos Imobiliários, representada por seus diretores. Entretanto, fontes do blog revelaram que o loteamento residencial é pertencente a família do ex-deputado federal e ex-prefeito de Coroatá, Victor Dias Trovão (In memoriam), pai da atual prefeita daquela cidade Teresa Murad (PMDB).

Destaca a liminar que a empresa está proibida de realizar vendas e promessas de vendas, reservar frações ideais ou de efetuar quaisquer negócios jurídicos que manifestem a intenção de vender lotes, bem como de fazer a respectiva publicidade, até análise definitiva do mérito da presente demanda, sob pena de multa diária por descumprimento no valor de R$ 5.000,00(cinco mil reais), a ser revestido em favor do Fundo Estadual de Reparação dos Interesses Difusos Lesados (art. 13 da Lei 7.347/95).

Clandestinidade

Alega o Ministério Público, autor da ação, que a Empresa Residencial Morada do Itapecuru Empreendimentos Imobiliários SPE Ltda, administrada por Roberto Vinícius Felizardo Damas de Oliveira e Liliane Ferreira da Silva Franco, anunciou a implementação do Loteamento Residencial Morada do Rio Itapecuru, situada na Avenida Mangue Alto, em Coroatá, sem observar, entretanto, os comandos legais, inclusive licenciamento ambiental da Secretaria Estadual de Meio Ambiente (SEMA) e registro em cartório, estando o mesmo na clandestinidade, bem como a estruturação mínima do local, como disponibilização de água encanada, rede de esgoto, energia elétrica e outros.

Ressalta o pedido do MP que o referido loteamento foi aprovado pelo Município de Coroatá, disciplinado na Portaria nº001/2015 da Secretaria Municipal de Infraestrutura e Desenvolvimento Econômico, sem estipular as diretrizes a serem obedecidas pelo loteador.

Em AQUI, a íntegra da decisão proferida pela Dra. Josane Araújo Farias Braga, juíza de Direito titular da 1ª Vara, que ressalta a construção dos loteamentos sem autorização ambiental às margens do rio.

 Operação Lava Jato alcança o pré-candidato a prefeito em São José de Ribamar, tucano Luis Fernando Silva então filiado ao PMDB, ex-secretário da Casa Civil e de Infraestrutura do governo Roseana Sarney. A relevação é da reportagem do Jornal O Estado de São Paulo.

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Funcionário da Camargo Correia veio ao Maranhão para se certificar do suposto vínculo entre Luiz Fernando Silva e o então ministro Lobão.

O delator Luiz Carlos Martins, ligado à empreiteira Camargo Corrêa, afirmou em depoimento que cogitou comprar R$ 1 milhão em suco de fruta para maquiar suposta propina ao senador Edison Lobão (PMDB-MA), nas obras da Usina de Belo Monte. O executivo prestou novas declarações à Polícia Federal, em Brasília, no fim de março, e reiterou tudo o que disse em sua delação premiada.

Neste depoimento, Luiz Carlos Martins detalhou a ‘operacionalização dos pagamentos’ a Lobão, que teriam ocorrido em 2011, e envolveu a empresa AP Energy Engenharia e Montagem LTDA. Lobão, na ocasião, era ministro de Minas e Energia do governo Dilma Rousseff.

“O ‘caminho’ utilizado para fazer o dinheiro chegar ao destinatário, o então ministro de Minas e Energia Edison Lobão, foi mencionado em reunião do Conselho-Diretor do CCBM (Consórcio Construtor Belo Monte); que, especificamente, recorda-se que foram cogitados vários “caminhos”, sendo que um deles envolvia Luiz Fernando Silva, que teria sido Secretario Estadual no Maranhão e que teria vínculos com o então ministro Lobão”, relatou o delator.

Luiz Carlos Martins disse à PF que precisava ‘efetivar os repasses’ e solicitou ao funcionário da Camargo Corrêa, Gustavo da Costa Marques, que fosse ao Maranhão para se certificar do suposto vínculo entre Luiz Fernando Silva e o então ministro Lobão. Ao retornar, contou o executivo, Gustavo Marques afirmou que o ‘caminho era aquele mesmo, ou seja, via Luiz Fernando Silva’.

De acordo com o executivo, Gustavo Marques lhe deu o telefone de contato de Luiz Fernando Silva e informou que os valores deveriam ser encaminhados também a um empresário de nome Ilson Mateus.

Trecho do depoimento à polícia federal…

“Como se tratava de um empresário atuante no ramo de supermercados, houve dificuldade da parte do declarante quanto a forma de contratação de alguma empresa desse setor pela Camargo Corrêa, de modo que os valores pudessem ser remetidos ao Maranhão”, relatou Luiz Carlos Martins. “Enquanto discutia essa dificuldade com Gustavo Marques, em momento de descontração, surgiu a ideia de aquisição de R$ 1 milhão em suco de fruta, o que ilustra a dificuldade que havia em operacionalizar o envio do dinheiro.”

Diante da dificuldade, Luiz Carlos Martins contou que passou a procurar uma empresa com atividade compatível com a Camargo Corrêa, que pudesse fazer a intermediação dos valores. Na busca, teria surgido o nome do empresário Fernando Brito em conversas no conselho do CCBM e, ‘mais a frente, tal nome contou com a confirmação de Gustavo Marques, que já o conhecia e opinou no sentido de que o empresário poderia auxiliar na questão’.

“Gustavo Marques agendou um encontro entre o declarante e o empresário Fernando Brito, o qual se realizou em um restaurante situado no bairro Itaim, em São Paulo, cujo nome não recorda; que, nesse encontro, o empresário Fernando Brito efetivamente se dispôs a auxiliar na intermediação dos valores, afirmando que, para tanto, poderia lançar mão da empresa AP Energy, da qual fora sócio”, afirmou o delator.

“Fernando Brito interessou-se em resolver a questão, pois pretendia atuar em outras frentes com a Camargo Corrêa, como efetivo prestador de serviço.”

Luiz Carlos Martins afirmou que para justificar contabilmente a saída de valores da empreiteira, houve a celebração de um contrato entre a construtora e a AP Energy, ‘o qual, como era sabido por todos, tratava-se de um contrato com objeto fictício’.

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De acordo com o executivo, Gustavo Marques lhe deu o telefone de Luiz Fernando e informou que o dinheiro deveriam ser encaminhados também ao empresário Ilson Mateus.

“O declarante solicitou ao funcionário Arnaldo Feitosa que elaborasse uma minuta de contrato, nos moldes adotados pela Camargo Corrêa, voltado à contratação de serviço de consultoria na área de engenharia, cujas cópias e correspondentes notas fiscais já foram apresentadas pela declarante; que Arnaldo Feitosa desconhecia absolutamente que o contrato firmado entre a Camargo Corrêa e a AP Energy tratava-se de uma simulação”, relatou.

Segundo o executivo, ‘a remessa de valores ao Maranhão ficou ao encargo da AP Energy ou de outras empresas ligadas a ela ou ata mesmo de seus sócios, não sabendo o declarante detalhes operacionais a esse respeito’.

“Tem convicção de que os valores chegaram ao destinatário porque cessaram as cobranças; que, posteriormente, surgiu a necessidade de encaminhamento de novos valores ao Maranhão, também destinados ao então Ministro Edison Lobão e a Camargo Corrêa utilizou-se do mesmo “caminho” acima narrado, firmando novo contrato com a AP Energy, igualmente com objeto fictício”, disse.

A reportagem não localizou a AP Energy.

COM A PALAVRA, O ADVOGADO ANTONIO CARLOS DE ALMEIDA CASTRO, O KAKAY

O criminalista Antonio Carlos de Almeida Castro, o Kakay, que defende Edison Lobão, afirmou que o senador e ex-ministro ‘desconhece essa empresa’.

“Nunca ouviu falar, não conhece essas duas pessoas que seriam os donos da empresa. Realmente não tem a menor noção de por que houve a citação.”

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